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Em coletiva de imprensa às vésperas do início do evento, Virgílio Almeida falou sobre o que será debatido durante os dois dias de reuniões, que trarão ao Brasil representantes de 91 países
Por Anna Beatriz Anjos
Fatores como o Marco Civil da Internet, o protagonismo de Dilma Rousseff nas discussões globais sobre regulamentação da rede e o número de internautas no Brasil – cerca de 100 milhões –, fazem com que o país esteja em uma “posição extremamente confortável de liderança das discussões” no NETmundial. É o que afirmou na tarde deste terça-feira (22) Virgílio Almeida, presidente do encontro que, nos próximos dois dias, discutirá em São Paulo o futuro da governança mundial da internet.
Ao lado da ativista Beá Tibiriçá, presidente do Coletivo Digital; Marcos Mazoni, presidente do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) e Diogo de Sant’Ana, secretário executivo da Secretária-Geral da Presidência da República, Almeida participou de entrevista coletiva no Arena NETmundial ParticipaBr, cujo objetivo é integrar a sociedade civil aos debates que serão realizados paralelamente no encontro global.
O secretário explicou que o NETmundial tem duas metas principais: a elaboração de princípios de governança da internet e a proposta de um roteiro para a evolução futura desse ecossistema (roadmap). “Isso será resultado das várias sugestões e comentários feitos durante as diversas sessões de trabalho”, indicou.
Almeida destacou que o evento terá como referência um documento construído por 188 contribuições enviadas pela rede. Os colaboradores, de 46 países, têm origens diversas: sociedade civil, setor privado, academia e comunidade técnica. “Tudo é feito no estilo multissetorial, não é reunião de governos. É uma reunião global que envolve todos os atores envolvidos na questão da governança da internet”, reforçou.
Coincidência feliz
O Marco Civil, aprovado pelo Senado horas após a entrevista, também foi assunto. “A coincidência com a possível aprovação, ainda hoje, do Marco Civil é realmente feliz, e mostra justamente esse avanço em infraestrutura, que é fundamental para todos os países. O Brasil está em uma posição muito moderna”, disse Almeida.
Beá Tibiriçá lembrou o quão longo e complexo foi o processo de criação e proposição da lei. “A gente brigou demais para que isso acontecesse. Brigamos nas ruas, nas redes, no governo, no Parlamento e em todos os espaços que conseguimos estar presentes para dizer que o Marco Civil era urgente e que o queríamos já”, salientou.
Foto de capa: “A coincidência com a possível aprovação, ainda hoje, do Marco Civil é realmente feliz, e mostra justamente esse avanço em infraestrutura, que é fundamental para todos os países. O Brasil está em uma posição muito moderna”, disse Virgílio Almeida, presidente do NETmundial, em entrevista coletiva nesta terça-feira (Hans Georg)