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Jeferson Monteiro, criador do perfil, ameaçou acabar com o personagem e não votar em Dilma em 2014 caso o parlamentar assuma o comando da Comissão de Direitos Humanos
Por Redação
[caption id="attachment_41786" align="alignleft" width="300"] Jeferson Monteiro em encontro com a presidenta Dilma Rousseff (Instagram/Palácio do Planalto)[/caption]
Indignado com a possibilidade de o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) assumir o comando da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados, o criador do perfil Dilma Bolada, Jeferson Monteiro, ameaçou acabar com seu personagem caso o parlamentar consiga seu objetivo. “Se o PT deixar Bolsonaro assumir a Presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, não apenas a Dilma Bolada acaba como também não voto na Dilma”, escreveu em sua página no Facebook.
O Partido Progressista já manifestou a intenção de presidir a comissão, assim como o parlamentar, conhecido por seus posicionamentos contrários à luta pelos direitos humanos. “Ninguém acha justo você realizar um seminário LGBT infantil para estimular as crianças a serem homossexuais. Isso, como não houve com Feliciano, passa ao largo. Também não haverá comigo. Também não teremos mais emendas voltadas para passeata gay ou para confecção de kit gay. Eu não tenho briga contra homossexual. Minha briga é contra o material escolar. Não pode um pai de família saber que seu filho está sendo aliciado na escola para o homossexualismo com material didático confeccionado pelo governo”, disse Bolsonaro.
Por conta do tamanho de sua bancada, o PP tem direito a presidir duas comissões, sendo dono da 20ª escolha. Como a CDHM em geral não é das comissões mais cobiçadas da Câmara, existe a possibilidade de ela ficar com o partido, embora parlamentares petistas tenham declarado a preocupação com essa hipótese. Em entrevista à Fórum, o deputado Henrique Fontana (PT-RS) reafirmou que o PT quer presidir a CDHM, que seria a segunda prioridade, atrás apenas da CCJ. O partido é o primeiro, terceiro e nono na ordem de escolha das comissões.
Mesmo que Bolsonaro não consiga comandar a comissão, o perfil Dilma Bolada, que tem hoje mais de um milhão de seguidores no Facebook, ainda corre o risco de parar por conta de projetos pessoais de Monteiro e também em função da legislação eleitoral. "Enquanto não tomo minha decisão final se vou ou se fico ou se fico e tomamos novos rumos, a programação segue normal", disse o criador, na página do fake.