A criação de peixes em igarapés é o tema de uma reportagem especial do programa EcoSenado. A tecnologia social vem transformando a realidade de assentamentos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) próximos a Manaus (AM).
Igarapé é o nome dado a córregos e braços de rios na região amazônica. São pouco profundos e correm no interior da mata. O termo tem origem nheengatu, língua originária do tupi-guarani.
O coordenador da iniciativa é Jorge Fim, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e coordenador da tecnologia social explica a transformação social e econômica ocorrida na região próxima a Manaus e em outros municípios do Amazonas desde 2003, quando foi implantado o Programa de Criação Intensiva de Matrinxã (Procima), uma espécie de peixe da bacia Amazônica.
Além de não agredir a natureza e possibilitar a exploração turística do local, a atividade de baixo custo é uma alternativa viável de produção de peixes para agricultores familiares, assentados rurais e povos indígenas. O programa do Inpa oferece orientação e ferramentas às comunidades de baixa renda instaladas próximas aos igarapés.
O projeto fez com que os habitantes locais continuassem a consumir peixe em sua alimentação, sem precisar gastar com o produto e, ainda, comercializar o excedente. O Procima começou a ser executado com a construção de quatro módulos experimentais nos Projetos de Assentamento do Incra em Tarumã Mirim. Hoje, coordena mais de 200 criatórios no Amazonas, em um raio de 200 quilômetros de Manaus.
Danielle Jordan, do AmbienteBrasil, descreveu, em março, o Projeto de Assentamento Tarumã-mirim, na zona rural da capital amazonense. Voltado à criação do Matrinxã.
"Tinha de ser uma tecnologia realmente efetiva para pessoas de baixa renda, principalmente, em área de terra firme onde o acesso ao pescado é mais difícil”, explicou Jorge Fim. A produção chega a uma tonelada por ano, e outras espécies, como tambaqui, tucunaré e pirarucu podem ser cultivados.
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