Cientistas dos países do Brics defenderam a criação de uma rede de soluções climáticas voltada à transição energética e a realização de projetos conjuntos em inteligência artificial. As propostas fazem parte de uma declaração divulgada na última quinta-feira (25), ao fim do Fórum de Academias de Ciências do Brics, no Rio de Janeiro.
O texto destaca o papel do grupo para ajudar a construir uma nova ordem mundial multipolar, reforçado pela entrada de novos membros. Além de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o bloco agora inclui Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã. Outros países, como Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda e Uzbequistão, participam como parceiros.
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Segundo os cientistas, num mundo marcado por conflitos, barreiras comerciais e degradação ambiental, é fundamental unir esforços para avançar em saúde, desenvolvimento social, economia, cultura, paz e sustentabilidade.
O fórum também defendeu mais cooperação entre universidades, centros de pesquisa e redes de inovação dos países do Brics. Para eles, a baixa integração científica atual ameaça desperdiçar uma oportunidade de reduzir desigualdades e acelerar o desenvolvimento sustentável.
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Hoje, o volume de pesquisas e tecnologias desenvolvidas em parceria ainda é pequeno. Sem uma ação coordenada, afirmam os cientistas, o bloco pode perder a chance de usar a ciência — incluindo as ciências humanas — para enfrentar desafios comuns e promover avanços sociais.
Cúpula do Brics
O Rio sediou o encontro porque vai receber, nos dias 6 e 7 de julho, a Cúpula do Brics. O evento teve apoio do BNDES, do governo federal e da Capes. A meta é fortalecer a colaboração científica entre países do Sul Global.
“Queremos governos, organizações multilaterais e sociedade civil ao lado da ciência para fazer do conhecimento e da inovação a base de um Sul Global renovado”, disse Helena Nader, presidente da Academia Brasileira de Ciências.
*Com informações de Agência Brasil.