EMERGÊNCIA CLIMÁTICA

Alarmante: Mundo registra número recorde em destruição de florestas por incêndios, diz relatório

Dados de 2024 apontam que incêndios florestais, agravados pelas mudanças climáticas, superaram todas as outras causas de destruição de florestas tropicais no mundo

Créditos: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Escrito en MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE el

O mundo perdeu, em 2024, uma área de florestas equivalente à Itália, segundo dados da Universidade de Maryland e do Global Forest Watch. Foi o maior índice já registrado, com os incêndios, agravados pelas mudanças climáticas, ultrapassando a agricultura e a exploração madeireira como principal causa de destruição.

Nas florestas tropicais, onde o fogo não é um elemento natural, os incêndios lideraram a perda pela primeira vez. As florestas boreais do Canadá e da Sibéria também continuaram a queimar.

O Brasil concentrou 42% da destruição global em florestas tropicais primárias, com mais de 25 mil km² perdidos, resultado da seca extrema e das queimadas. O número difere das estatísticas oficiais brasileiras, que não consideram áreas queimadas como desmatadas.

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A Bolívia ficou em segundo lugar, com mais de 14 mil km² de perda florestal, puxada por incêndios, estiagem e avanço da fronteira agrícola. Desde 2020, a destruição quase quintuplicou.

Na África, a Bacia do Congo também sofreu perdas inéditas, principalmente na República Democrática do Congo e no Congo-Brazzaville.

Apesar de compromissos assumidos por mais de 140 países na COP26 para acabar com o desmatamento até 2030, a meta está distante. Seria necessário reduzir a perda em 20% ao ano a partir de agora.

Indonésia e Malásia foram exceções, mantendo baixas taxas de perda florestal em 2024.

Especialistas alertam que o avanço dos incêndios pode gerar um ciclo perigoso: aumento de temperatura, mais queimadas e liberação de carbono, o que agrava ainda mais a crise climática.

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