O mundo perdeu, em 2024, uma área de florestas equivalente à Itália, segundo dados da Universidade de Maryland e do Global Forest Watch. Foi o maior índice já registrado, com os incêndios, agravados pelas mudanças climáticas, ultrapassando a agricultura e a exploração madeireira como principal causa de destruição.
Nas florestas tropicais, onde o fogo não é um elemento natural, os incêndios lideraram a perda pela primeira vez. As florestas boreais do Canadá e da Sibéria também continuaram a queimar.
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O Brasil concentrou 42% da destruição global em florestas tropicais primárias, com mais de 25 mil km² perdidos, resultado da seca extrema e das queimadas. O número difere das estatísticas oficiais brasileiras, que não consideram áreas queimadas como desmatadas.
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A Bolívia ficou em segundo lugar, com mais de 14 mil km² de perda florestal, puxada por incêndios, estiagem e avanço da fronteira agrícola. Desde 2020, a destruição quase quintuplicou.
Na África, a Bacia do Congo também sofreu perdas inéditas, principalmente na República Democrática do Congo e no Congo-Brazzaville.
Apesar de compromissos assumidos por mais de 140 países na COP26 para acabar com o desmatamento até 2030, a meta está distante. Seria necessário reduzir a perda em 20% ao ano a partir de agora.
Indonésia e Malásia foram exceções, mantendo baixas taxas de perda florestal em 2024.
Especialistas alertam que o avanço dos incêndios pode gerar um ciclo perigoso: aumento de temperatura, mais queimadas e liberação de carbono, o que agrava ainda mais a crise climática.
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