NA COP29

Alckmin: "Fracasso em agir agora vai nos custar mais tarde"

Defende agronegócio brasileiro como essencial para a segurança alimentar

Anúncio.Alckmin anunciou a nota meta de emissões do Brasil e defendeu o agronegócio.Créditos: COP29
Escrito en MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE el

De Baku, Azerbaijão -- O vice-presidente Geraldo Alckmin discursou hoje na Cúpula de Ação Climática dos Líderes Mundiais, depois que a lista de oradores foi revisada.

"Não há futuro sem sustentabilidade", disse Alckmin, que foi assistido pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e por líderes mundiais como o primeiro-ministro britânico Keir Starmer e o presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez.

Ele relembrou que as iniciativas do clima tiveram início no Rio de Janeiro, em 1992. Disse que o processo, desde então, foi marcado por "progressos e hesitações".

Afirmou que a COP29, em Baku, deve buscar metas financeiras ambiciosas para evitar que a temperatura no planeta suba mais que 1,5 grau em relação ao período pré-industrial.

Alckmin pediu uma solução para o impasse sobre o mercado de créditos de carbono. De acordo com o diário britânico Guardian, um acordo já foi fechado nos bastidores do evento, mas detalhes não foram revelados.

O vice-presidente destacou o papel do Brasil em garantir "segurança alimentar" no planeta, numa tentativa de rebater críticas de ambientalistas especialmente à expansão da pecuária brasileira.

Lembrou que o Brasil tem a matriz energética mais limpa do planeta e destacou a eficiência da "agricultura verde".

Nova meta

Geraldo Alckmin formalizou a nova meta nacional brasileira para a redução de emissões, de até 67% em 2035, em relação a 2005.

Na COP28, no Catar, foi acordado que os paises fariam revisão de suas metas até a COP30, em Belém.

O Brasil se antecipou e Alckmin afirmou que a meta "é ambiciosa e praticável".

O vice-presidente destacou o protagonismo do Brasil em busca de uma nova economia global, incluindo o combate à desigualdade social como um dos objetivos.

Alckmin, falando em nome do presidente Lula, disse esperar ver os participantes da COP do Azerbaijão em Belém, em 2025:

Fracasso em agir agora vai nos custar profundamente mais tarde.