Enquanto muitos países concentram seus esforços na exploração da superfície de lagos, lagoas e estações de tratamento de águas residuais, o Brasil apresenta uma realidade distinta. As condições são ainda mais propícias para a implementação de usinas solares flutuantes, graças às vastas áreas ocupadas pelas represas das usinas hidroelétricas.
Em alguns casos, o propósito de uma usina solar flutuante é gerar energia para o bombeamento de água destinada à agricultura. No entanto, a tecnologia vem sendo incorporada para testagem de uso comum na geração de energia em larga escala.
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Nos últimos dias, uma empresa de energia fotovoltaica chamada Soltec apresentou uma usina solar flutuante desenvolvido para aplicação em reservatórios, bacias de irrigação e outras massas de água interiores, com o propósito de hibridizar centrais hidrelétricas e otimizar o uso das infraestruturas existentes, o Flotus. Ela possibilita a produção de até 25% mais energia que sistemas convencionais.
O sistema de resfriamento por água mantém os painéis operando a temperaturas mais baixas, aumentando a eficiência e prolongando sua vida útil. Como resultado, a energia solar gerada é mais eficiente e duradoura. Além disso, o design para luz bifacial, com fileiras separadas por dois metros, permite maior penetração da luz, maximizando o uso de painéis bifaciais. Isso se traduz em maior captação de energia e, consequentemente, em uma produção mais sustentável.
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Quanto à robustez e estabilidade, o modelo foi projetado para resistir a condições adversas, com um tanque central funcionando como lastro, proporcionando estabilidade e permitindo que o sistema suporte rajadas de vento superiores a 100 km/h, como geralmente ocorre no mar.
Entre os componentes que ajudam nessa captação de energia estão:
- Sistema de Seguimento Leste-Oeste;
- Estrutura Náutica;
- Flutuadores longitudinais
A primeira característica permite um sistema de rastreamento solar que otimiza a orientação dos painéis fotovoltaicos ao longo do dia. Já a segunda, utiliza estruturas fotovoltaicas terrestres montadas sobre flutuadores, empregada com uma estrutura náutica equipada com módulos fotovoltaicos. O modelo é constituído por três componentes essenciais: dois flutuadores longitudinais e um tanque central inundável.
Esse tanque desempenha um papel crucial na regulação do movimento leste-oeste. Graças a essa configuração, o Flotus consegue gerar entre 15% e 25% mais energia, especialmente durante as primeiras e últimas horas do dia, quando a produção solar costuma ser menor.