BRUNO PEREIRA

Vaquinha de Pedro, filho do indigenista Bruno Pereira, atinge objetivo: R$ 2 milhões

Mãe do menino pede que continuem doando: “dinheiro arrecadado além da meta será todo encaminhado para ajudar outras crianças que enfrentam o mesmo problema”

Pedro e seu pai, Bruno Pereira.Créditos: Reprodução
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A campanha para o tratamento de Pedro, filho do indigenista Bruno Pereira, assassinado em 2022, atingiu em três dias a meta de R$ 2 milhões. O menino, de cinco anos, foi diagnosticado com neuroblastoma, câncer no estágio 4 e deverá ser submetido a um autotransplante de medula óssea.

A mãe do garoto avisou:

"O remédio para o tratamento está garantido. Em apenas 3 dias, a campanha SalvePedro atingiu a meta de R$ 2 milhões. Isso é incrível!", afirmou a antropóloga e diretora do Ministério dos Povos Indígenas (MPI), Beatriz Matos. "Nós estamos muito felizes. Graças a todos que se engajaram e colaboraram com a gente."

Pedro precisará de um medicamento importado após a realização do transplante. É o betadinutuximabe, ainda não oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Beatriz Matos aproveitou a onda de solidariedade para ajudar mais pessoas. "Continue doando. O dinheiro arrecadado além da meta será todo encaminhado para ajudar outras crianças que enfrentam o mesmo problema do Pedro, através do Instituto Anaju. Vamos salvar os amigos do Pedro. Fazer cada criança mais feliz."

Beatriz Matos afirmou em entrevista ao Fantástico, da Globo, que quando soube da doença, a primeira coisa que pensou foi: “nossa, o pai dele não está aqui. Ele ainda vai ter que passar por isso sem o pai.”

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O que é neuroblastoma

Esse tipo de câncer é o terceiro mais recorrente entre crianças, depois da leucemia e de tumores cerebrais. É o tumor sólido extracraniano mais comum entre a população pediátrica, representando 8% a 10% de todos os tumores infantis.

O aumento do volume abdominal é um dos possíveis sintomas do neuroblastoma. Por isso, segundo especialistas, o tumor pode ser descoberto a partir da queixa de uma criança com dor na barriga, incômodo no tórax ou dor muscular. É mais comum que ocorra até os cinco anos, incluindo os recém-nascidos.

Beatriz contou ao Fantástico que as reclamações do filho sobre dores foram aumentando pelo corpo. "Primeiro, ele começou a mancar e sentir uma dor na bacia. Depois começou a sentir no joelho, depois reclamava das costelas, ele começou a reclamar progressivamente de todos os ossinhos assim".

O remédio betadinutuximabe, cujo nome comercial no Brasil é Qarziba, já tem registro na Anvisa e está em estudo na Universidade de São Paulo (USP) e no Hospital Israelita Albert Einstein. A pesquisa tenta reduzir para 20% a dose do remédio no tratamento, o que poderia tornar a medicação mais barata. O Qarziba ajuda o sistema imunológico a identificar possíveis novas células cancerígenas.

Com informações da Agência Brasil