O fenômeno climático “El Niño” está de volta após três anos sem acontecer, segundo o comunicado do Centro de Previsão Climática da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos, divulgado no dia 8.
Após a predominância durante o período do fenômeno “La Niña”, o "El Niño" acontecerá novamente e será responsável por aumentar as temperaturas, afetando o clima de todo o planeta. O retorno do evento já havia sido previsto pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), em maio.
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O que são e quais as diferenças entre o "El Niño" e "La Niña"?
Ambos os eventos são padrões climáticos que ocorrem no Oceano Pacífico e afetam o clima mundial por alterarem os padrões de ventos. O Pacífico possui três estágios de ventania: neutra, onde o ar vai em direção a leste e a oeste; o "El niño", quando o vento desacelera, podendo até parar; e "La Niña", quando os ventos aceleram e se tornam mais fortes. Essa alteração nas ventanias do oceano causam o aumento da temperatura das águas.
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Impactos no Brasil
Devido ao "El Niño" aumentar a temperatura das águas do Oceano Pacífico, o fenômeno acaba causando secas na região do Norte e Nordeste brasileiro e proporciona maior volume de chuvas na região Sul.
Ao contrário do ocorrido em "El Niño", a manifestação de "La Niña" favorece as chuvas no Norte e Nordeste brasileiro e diminui o volume das chuvas da região Sul.
Em 2022, o "La Niña" estava enfraquecido, mas continuou afetando diretamente a frequência de chuvas no Rio Grande do Sul. Foram registradas diversas anomalias nas condições climáticas do estado, impactando a agricultura da região ao prejudicar a irrigação das plantações, principalmente na região sul, segundo dados do Instituto Rio Grandense do Arroz.