CERCO SE FECHANDO

VÍDEO: Mega fogueira do Ibama destrói equipamento de garimpo ilegal em terra indígena; veja

Operação foi realizada em conjunto com o ICMBio. Criminosos teriam migrado da Terra Yanomami para bacia do Tapajós, no Pará

Escrito en MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE el

Uma mega fogueira destruiu equipamentos utilizados pelo garimpo ilegal em terras indígenas no Pará. A Operação Acupary, realizada pelo Ibama e pelo ICMBio, desmantelou uma ação criminosa que dava suporte a garimpos ilegais realizados em terras protegidas e em unidades de conservação, no Baixo Tapajós, no Pará.

O crime ocorria ao longo da BR-230, onde quatro pistas de pouso improvisadas eram usadas por garimpeiros ilegais. No local, a equipe de fiscalização do Ibama apreendeu cinco aeronaves, três camionetes, 42 mil litros de diesel para uso de máquinas de mineração, 1.600 litros de gasolina de avião, uma pistola com numeração raspada e uma carabina. Vídeo publicado no perfil não oficial "O Fiscal do Ibama" mostra a mega fogueira de equipamentos ilegais na ação que ocorreu na última sexta-feira (26).

Segundo a assessoria de comunicação do Ibama, quatro aeronaves foram totalmente modificadas pelos criminosos para atender ao transporte de carga para os garimpos, colocando em risco a navegação aérea, o meio ambiente e as comunidades que já vivem acuadas pelos garimpeiros na região.

Nessa primeira fase, a operação atacou as pistas de pouso que apoiam a linha de suprimento dos garimpos clandestinos no interior da TI Munduruku e das Unidades de Conservação Federais localizadas às margens da BR-230.

MIGRAÇÃO 
Conforme relato do Ibama, dezenas de aeronaves que operavam na TI Yanomami migraram suas atividades para a bacia do Tapajós após o início da operação Xapiri, que combate o garimpo na TI Yanomami desde fevereiro de 2023.

A aviação de garimpo, de acordo com o órgão, possibilita maior alcance das frentes de expansão da mineração ilegal e aumenta a velocidade da exploração.

Para o Ibama, o combate a esse tipo de crime é estratégico no estancamento da mineração ilegal em áreas protegidas, pois impede o maior alcance dos criminosos dentro dos territórios e a abertura de novas frentes de exploração em áreas mais remotas e que não são atingidas por terra ou pelos rios. 

O órgão ambiental investiga ainda as rotas de fornecimento do combustível de aviação para aeronaves empregadas no garimpo, visto que o combustível de aviação é produto controlado pela ANP e o seu comércio irregular também é considerado infração ambiental.