A assessora Ariela Nascimento, uma mulher trans, foi agredida em um bar em Cabo Frio, na Região dos Lagos no Rio de Janeiro, junto com o namorado, Bruno Henrique, também transexual. O caso ocorreu na madrugada deste domingo (5).
Em seu relato, Ariela, que assessora a vereadora Benny Briolly (PSOL), de Niterói, contou que foi perseguida e agredida com chutes e golpes de madeira por cinco homens após sair do bar. Antes, ela e o namorado já haviam sido alvo de piadas transfóbicas.
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"Hoje passei por algo extremamente doloroso e alarmante sobre a violência transfóbica que eu enfrentei e sobrevivi. Nesta madrugada, enquanto eu estava em um bar com meu namorado que é um homem trans negro, enquanto estávamos trocando afeto e carinho, fomos alvo de agressões brutais simplesmente por sermos quem somos: pessoas trans", denunciou Ariela em sua conta no Instagram.
Ao procurar socorro médico, ela conta que foi tratada com negligência. Segundo Ariela, a equipe médica não forneceu as informações necessárias para que ela prestasse queixa corretamente. Além disso, ela afirma que a jornalista Sara Wagner York, quem a socorreu, e o namorado, foram agredidos por um segurança do hospital enquanto tentavam encontrar meios de conseguir justiça pela situação.
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"Eu simplesmente não tenho palavras para descrever toda a dor que sinto e o trauma que foi vivenciar, meu corpo todo está com marcas profundas, meu rosto não é mais o mesmo e to com medo do que pode acontecer com os golpes que eu tomei que chegaram a acertar meu silicone industrial que tenho nos seios", lamentou.
A assessora reforçou o pedido de justiça. Um boletim de ocorrência e um exame de corpo de delito foram registrados na Polícia Civil de Cabo Frio. Ariela também pediu acesso a câmeras se segurança do local onde foi agredida para identificação e punição correta dos agressores.
A vereadora Benny Briolly prestou solidariedade a Ariela e afirmou que está prestando todo suporte para auxiliar nas medidas legais. Benny, que foi eleita a primeira vereadora trans de Niterói, já precisou sair do país devido a ameaças transfóbicas. Em seu pronunciamento, ela relembrou que a agressão contra Ariela aconteceu após três dias em que ela obteve vitória na condenação do deputado estadual Rodrigo Amorim (União Brasil) por transfobia.
Ariela recebeu apoio de diversas parlamentares. Veja abaixo: