A Sessão da Comissão de Previdência e Família, que ocorreu nesta terça-feira (19) e discutiu o Projeto de Lei 5167/2009, que visa proibir o casamento civil LGBT, foi marcada por inúmeros momentos de tensão entre o bloco dos fundamentalistas e os parlamentares LGBT e aliados.
Um dos momentos que viralizaram nas redes sociais envolveu a deputada Erika Hilton (PSOL-SP), que foi vítima de transfobia por parte do deputado federal Pastor Isidório (Avante-BA), que a chamou de "amigo"
Te podría interesar
Outra ocasião que também se tornou um dos principais tópicos das redes sociais ocorreu quando o deputado Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) explicou aos deputados da extrema direita o que é Estado Laico. "O Estado não é extensão da igreja".
"Pastor das fake news"
Na manhã desta quarta-feira (20), um incidente envolvendo Irmã Mônica, membra da Congregação Cristã no Brasil, viralizou. Uma foto compartilhada em suas redes sociais mostrou Irmã Bispa discutindo com o deputado e pastor Marco Feliciano (PL-SP). Ambos foram apartados pelo militante LGBT Toni Reis.
Te podría interesar
Irmã Mônica classificou Marco Feliciano como o "pastor das fake news" e criticou o fato de ele cobrar R$ 18 mil para pregar em igrejas.
"O 'pastor das fake news' que cobra R$ 18 mil para pregar nas igrejas querendo apontar o dedo para mim? Abaixe seu dedo diante de uma verdadeira serva de Deus! O amor e a verdade sempre prevalecerão! O senhor não me intimida!!! Amém", escreveu Irmã Mônica.
Pastor das fakes news que cobra 18mil para pregar das igrejas querendo apontar o dedo para mim? Abaixe seu dedo diante de uma verdadeira serva de Deus! O amor e a verdade sempre prevalecerá! O senhor não me intimida!!! Amém?? pic.twitter.com/uLiGXgBDcb — Irmã Mônica (@IrmaMonicaofc) September 20, 2023
Eliziane diz a Marco Feliciano: "o senhor é uma pessoa abjeta e misógina"
Essa não é a primeira vez que Marco Feliciano é desmascarado por pessoas praticantes e militantes do evangelismo.
Ao tomar a palavra, a senadora Eliziane Gama rebateu Marco Feliciano de forma contundente. A relatora da Comissão afirmou que Feliciano é uma "pessoa abjeta" e que não merece ser chamado de pastor.
"O senhor foi para as redes sociais tripudiar sobre o que disse a meu respeito. Eu apenas refutei sua fala, pois era a sua versão que seria disseminada nas redes sociais. Desde o primeiro dia desta Comissão, o senhor me provoca, me lança olhares repletos de ódio [...] o senhor se tornou uma pessoa abjeta, misógina. O tratamento que o senhor dispensa às mulheres nesta casa é surreal. O senhor elevou o tom comigo na última reunião, e eu elevei o tom porque confrontei o senhor, assim como o senhor já discutiu com várias outras mulheres nesta Comissão."
Em seguida, Eliziane Gama afirma que pastores de verdade não promovem ódio. "Eu quero lhe dizer, pastor, que eu aprendi a respeitar o pastor como autoridade, sabe por quê? Porque quando chegarmos ao céu, a sua responsabilidade diante de Deus será maior que a nossa, já que o senhor usa um templo, uma tribuna da igreja, o senhor é um pastor. Porém, como o senhor me disse na última reunião, não vou mais lhe chamar de pastor, pois o senhor solicitou que não o fizesse e, de fato, o senhor não merece tal título. O senhor não merece, sabe por quê? Porque um verdadeiro pastor não é movido por ódio, um verdadeiro pastor não olha para as pessoas com o olhar que o senhor lança sobre esta mesa. Suas tentativas de intimidação não me afetam, Marco Feliciano", afirmou Eliziane Gama.