O sertanejo Bruno, que faz dupla com Marrone, contratou o advogado criminalista Fernando José da Costa, ex-secretário da Justiça de São Paulo, na gestão de João Doria. O cantor foi processado por Lisa Gomes, repórter trans do programa “TV Fama”, da RedeTV!, depois de ataque transfóbido à profissional.
Em maio, Lisa iria iniciar uma entrevista com Bruno, quando o artista, sem o menor acanhamento e em tom jocoso, perguntou bem alto se a jornalista “tinha pau”. Completamente constrangida, ela ainda respondeu: “Como assim?”. O sertanejo, de forma grotesca, gritou: “pau, pau”.
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O registro da vergonhosa atitude do cantor foi feito por uma pessoa, com um celular, antes mesmo do cinegrafista da RedeTV! iniciar a gravação da entrevista. Lisa afirmou, à época, que estava “à base de calmantes” desde o episódio, e que “se sentiu um lixo” com o que ouviu.
Ao final de maio, Bruno se tornou alvo de um pedido de prisão preventiva protocolado pela Associação dos LGBTIQA+ junto ao Grupo Especial de Combate aos Crimes Raciais e de Intolerância (Gecradi) do Ministério Público de São Paulo (MP-SP).
Cantor pede desculpas protocolares
Após a repercussão, o sertanejo tentou amenizar o fato grave: “Ele me pediu desculpas, eu aceitei. Depois, perguntou se poderíamos ser amigos, neguei. Não sou amiga de transfóbicos e de pessoas que me fazem mal. Também deixei claro que não tinha condições de conversar mais com ele no momento. As pessoas acham que podem brincar conosco, pessoas trans, como faziam antigamente. Mas eu não sou chacota para ninguém”, desabafou Lisa.
A repórter também ingressou com uma representação na BRG Advogados, que emitiu um comunicado, afirmando que “toda e qualquer ação, eivada de preconceito, ainda que disfarçado, que desrespeite a dignidade das pessoas, merece ser fortemente reprimida”.
Relembre o ataque do sertanejo: