Renan Bolsonaro, o filho 04 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), usou um influenciador adolescente para atacar as pessoas LGBT+.
Por meio de seus stories no Instagram, Renan Bolsonaro compartilhou um vídeo em que um adolescente - pasmem! - debocha da linguagem neutra e mostra um pai abandonando o lar após o filho sair do armário.
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Desde que foi "tirado do armário" pelo publicitário Diego Pupe, Renan Bolsonaro tenta construir uma imagem que o deixe mais próximo de uma provável "estética heterossexual": corte de cabelo e postagens raivosas que o distanciem de qualquer possibilidade de vivência LGBT.
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Adolescente ataca mulheres e LGBT+ nas redes sociais.
Além da lamentável postura de Renan Bolsonaro, outro fato chama a atenção na publicação de Renan: o conteúdo homofóbico foi produzido por um adolescente, que nas redes atende pelo nome de Thiago Renan.
No perfil do adolescente no Instagram, há dezenas de vídeos com conteúdo racista, LGBTfóbico e misógino.
A reportagem da Fórum conversou com o advogado Ariel de Castro Alves, especialista em direito da criança e do adolescente. Castro afirma que “o ECA garante a liberdade de expressão, opinião e participação aos adolescentes. Porém, as redes sociais devem ser supervisionadas e monitoradas pelos pais, mães ou responsáveis legais".
Sobre a produção de conteúdo de ódio por um adolescente, Ariel de Castro explica que, "se o adolescente cometer ato infracional (crime), ele pode responder perante a Vara da Infância e Juventude. Os pais e mães devem monitorar as redes sociais das crianças e adolescentes, já que, caso eles gerem danos a qualquer pessoa, são os pais que respondem civilmente nas ações indenizatórias de danos materiais e morais".