O direito ao nome social nos documentos é uma importante ferramenta que visa impedir que pessoas transexuais, travestis e não binárias sejam constrangidas nos espaços públicos e visa também garantir o direito à autodeterminação.
Desde 2016, quando a então presidenta Dilma Rousseff (PT) baixou o decreto 8727/16, que o nome social passou a ser um direito no Brasil. Desde então, as pessoas transexuais e travestis podem requerer a adequação de seus documentos ao nome pelo qual escolheram ser identificadas.
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Sonho realizado
Dignidade e cidadania, essas são as duas palavras utilizadas por Kelvin Rymen ao compartilhar e celebrar em suas redes socais o nome social em seus documentos.
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"Muito prazer, eu sou o Kelvin. Estou feliz demais em poder ser chamado assim, só Deus sabe o quanto esperei e sonhei por esse dia, para muitos é só um nome, para mim é dignidade, respeito e realização", disse Kelvin.
À Fórum, Kelvin, que é homens trans e Bombeiro Civil (Osasco), fala sobre a relação de sua profissão com a comunidade LGBT. "A relação do corpo de bombeiros com a classe LGBTI+ é bem humanizada, a corporação tem como objetivo acolher, respeitar as pessoas, o ser humano, para os bombeiros todas as vidas importam", ressalta Kelvin.
Sobre o nome social em seus documentos, Kelvin afirma que se trata de "um sonho realizado". "O nome social é naturalmente ligado a sua aparência física e muitas vezes me senti constrangido. Foi um sonho realizado, vejo como conquista eu documento de identidade. Ter o sentimento de estar incluído na sociedade, respeitado, traz dignidade e força na vida de qualquer pessoa", explica.
Por fim, Kelvin revela que tem boas expectativas sobre o governo Lula (PT) e as políticas LGBTI+. "Expectativa de mudança radical nas políticas LGBTI+, estou otimista com ações de inclusão social do novo governo", finaliza.