Lançamento da Netflix, a série “Heartstopper”, fenômeno de audiência da plataforma, narra a história de Charlie Spring (Joe Locke), jovem gay que tem de lidar com o bullying homofóbico e o seu amor por Nick Nelson (Kit Connor), o atleta da escola.
A obra, que é uma adaptação da graphic novel de Alice Oseman, é uma febre entre os mais jovens, mas a história de Charlie e Nick tem potencial para alcançar públicos mais velhos, visto que certos temas e aspectos da produção dizem respeito à sociedade como um todo.
Diante do sucesso estrondoso, visto que a série obteve aprovação de 100% no Rotten Tomatoes, a Netflix renovou a produção para mais duas novas temporadas
Diante disso, nós montamos uma lista com 16 motivos para você assistir Heartstopper.
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1 - Yasmin Finney como Elle, amiga de Charlie Spring e que, a partir de sua história, a trama aborda a transexualidade na adolescência.
2 - O professor de artes. Interpretado por Fisayo Akinade, o personagem é fundamental para entendermos o que se passou na vida de Charlie no ano anterior da trama, quando o protagonista foi vítima de ódio.
3 - A violência do armário. Um dos temas centrais da série é como a o armário molda da vida das LGBTQIA+ e como ele pode ser profundamente cruel na adolescência.
4 - As LGBTQIA+ e o mundo do esporte. Outra questão de extrema importância e abordada a partir dos dois protagonistas: Charlie é um velocista e Nick é o capitão do time de Rugby da escola.
5 - A irmã de Charlie com certeza é uma das melhores personagens da trama. Mesmo com aparição pequena, a personagem Tori Spring (Jenny Walser) também é importante para acessarmos cantos obscuros de Charlie.
6 - O boy lixo envenenado pela vida no armário. Nós poderíamos apenas criticar o Bem (Sebastian Croft), mas ele, assim como Charlie, é uma vítima da LGBTfobia que estrutura as relações da sociedade. A gente torce para que ele se liberte e melhore.
7 - Os corpos LGBTQIA+ e o espaço público é outra questão tratada de maneira acerta ao longo dos 8 episódios. Principalmente quando os meninos criam coragem para andarem de mãos dadas e trocar beijos nos espaços públicos.
8 - A bissexualidade entra em cena para, de maneira muito rara, ser trata de forma séria, como mais uma das vivências possíveis da sexualidade.
9 - Os efeitos gráficos são um show à parte. E os produtores aproveitam que se trata de uma adaptação de uma história em quadrinho e inserem, sem ficar over, efeitos gráficos que ajudam a tornar a história ainda mais bonita.
10 - A trilha sonora é outro show à parte e a direção musical da série sobre encaixar direitinho as músicas, seja para tornar o drama ainda mais drama, ou para tornar o que é fofo ainda mais fofo.
11 - A Olivia Colman como mãe de Nick nem precisa de apresentação e justificativa. Apenas a nossa contemplação.
12 - As desculpas: a norma nos faz sentir que sempre as pessoas LGBTQIA+ estão sempre a um passo de fazer algo errado. Não é à toa que Charlie e Nick passam boa parte da história pedindo desculpas e também tentando se livrar do sentido de culpa sem nada ter feito.
13 - Atores e diálogos, de fato, adolescentes. Geralmente essas séries nos mostram jovens profundos e com uma perspectiva crítica que não condiz com a realidade. “Heartstopper” não, os atores são adolescentes e o texto também e ainda assim consegue abordar temas pesadíssimos como depressão, LGBTfobia, masculinidades, direito ao espaço público etc
14 - Tara (Corinna Brown) e Darcy (Kizzy Edgell), o casal lésbico que também vive o dilema de sair do armário.
15 - A professora de educação física, interpretada por Chetna Pandya que faz a ponte entre as LGBT no esporte, bem com uma mulher treinadora de um time de Rugby, considerado um "esporte masculino" no sentido clássico desta expressão.
16 - Um bom clichê. Uma boa história contada. “Heartstopper” é a prova de que um clichê quando bem utilizado permite que o roteiro, sem perder de vista o objetivo central, consegue inserir temas que às vezes são tratados de maneira, digamos, pesada e que muitas vezes ficam restritos aos circuitos alternativos, para o grande público e dessa maneira popularizar discussões antes restritas a pequenos grupos.