J.K Rowling, a autora da saga Harry Potter, voltou a espalhar transfobia nas redes. Dessa vez, a escritora usou o 8 de março para reivindicar a biologia como fator determinante do que é ser mulher e criticou uma lei do governo da Escócia que visa facilitar a troca de documentos pelas pessoas transexuais.
Em uma série de tuites, J.K. Rowling declarou que a lei do governo escocês, que é uma atualização da legislação de Reconhecimento de Gênero, em vigor desde 2004, vai "permitir que homens finjam que são mulheres para se aproveitar de mulheres vítimas de agressão sexual que estão no serviço de proteção à mulher".
Além dessa declaração, a escritora compartilhou um artigo que faz um paralelo absurdo para criticar a lei: o artigo usa como exemplo a história de um homem que se disfarçou de policial para sequestrar uma mulher e depois assassiná-la.
Não satisfeita, J.K. Rowling declarou, sem citar fontes, "que há evidências sobre as prováveis consequências negativas da legislação para mulheres e meninas, especialmente as mais vulneráveis".
Vetada das comemorações
Desde que se iniciou a sua jornada transfóbica, a escritora J.K Rowling tem recebido críticas pesadas de todos aqueles que trabalharam na produção dos filmes da saga Harry Potter, entre eles, o ator Daniel Radcliffe, que deu vida ao bruxo mais famoso do mundo.
Em junho de 2020, o ator Daniel Radcliffe publicou uma carta onde criticou a transfobia de J.K. "Mulheres trans são mulheres. Qualquer declaração em contrário apaga a identidade e a dignidade das pessoas trans", declarou o ator que interpretou Harry Potter nos cinemas.
Os ataques de ódio de J.K. Rowling contra as pessoas transexuais, além de gerar repúdio do ator que protagonizou os filmes, fez com que a escritora não fosse convidada para os eventos comemorativos aos 20 anos da estreia do primeiro filme da saga, "Harry Potter e a Pedra filosofal".