Em ato no Paraná, movimentos pedem justiça para Lindolfo, militante LGBT ligado ao MST brutalmente assassinado

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), junto ao PT, APP Sindicato, Central Única dos Trabalhadores (CUT) e outras entidades e movimentos sociais, realizaram na manhã deste sábado (8) um ato em memória de Lindolfo Kosmaski, jovem de origem camponesa, homossexual, brutalmente assassinado no dia 1º de maio. A atividade acontece em São João do Triunfo (PR), cidade onde o jovem foi encontrado morto. A polícia trabalha com a hipótese de crime motivado por homofobia.

No ato, que reuniu cerca de 200 pessoas, os presentes colocaram ao centro de uma roda uma cruz de madeira, velas, bandeiras e flores em homenagem ao militante, que foi candidato a vereador pelo PT em 2020.

Participaram da atividade, entre outras pessoas, o deputado estadual Tadeu Venero (PT-PR), o vice-presidente da Câmara de Vereadores do município, Anderson do Prado (PT) e Darci Frigo, vice-presidente do Conselho Nacional dos Direitos Humanos.

"É importante que a gente possa nesse momento homenagear uma pessoa que era um jovem que estava construindo o seu futuro, e teve a característica de lutar pelo seu lugar no mundo, do jeito que ele era, com a sua opção como LGBT, de ser um professor que provavelmente iria semear novas ideias por um mundo novo, e ser um militante camponês nas diferentes formas da luta pela agricultura familiar (...) Estou acompanhando uma série de situações de violações de direitos humanos no país e nós temos que enfrentar de forma firme todo esse processo que vem do ódio e do preconceito", disse Frigo.

Segundo o relatório divulgado pelo Grupo Gay da Bahia, 329 pessoas LGBTI sofreram de morte violenta no Brasil, somente em 2019. Foram 297 homicídios e 32 suicídios. Isso é equivalente a 1 morte a cada 26 horas. Além do caso de Lindolfo, em Curitiba mais duas pessoas foram vítimas de crimes violentos somente nesta semana.

Confira abaixo imagens do ato.