Durante o primeiro debate presidencial dos Estados Unidos, no dia 30 de setembro, o atual presidente e candidato à reeleição, Donald Trump, provocou indignação durante uma questão sobre os protestos contra o racismo no país. Dentro do seu estilo, ele voltou a chamar os ativistas antifascistas de “terroristas”, e se negou a condenar os atos de grupos supremacistas brancos. Inclusive, chegou a dar um recado direto a um desses grupos: os Proud Boys, aos quais pediu que “se mantenham alertas e aguardem instruções”.
Desde então, a hashtag #ProudBoys passou a ser uma das mais utilizadas nas redes, seja para congregar os membros e simpatizantes do grupo, ou para reunir críticos das suas atividades. Porém, nesta segunda-feira (5), os usuários LGBTQIAP+ do Twitter conseguiram ressignificar o termo com uma campanha inusitada.
Usando a mesma hashtag #ProudBoys, passaram a publicar milhares de mensagens de casais gays se beijando, mostrando outro tipo de “garotos orgulhosos” – significado do termo em inglês dentro da hashtag.
Entre os muitos apoiadores da iniciativa estavam alguns ativistas gays famosos, como o ator George Takei, conhecido pelo papel de Hikaru Sulu, na antiga série de TV “Jornada nas Estrelas”, nos Anos 60 e 70. “É muito bonito ver gays tirassem fotos deles mesmos, em beijos ou outros gestos de amor, e marcando com #ProudBoys. Nos últimos dias, essas duas palavras eram sinônimo de ódio ao diferente, e agora é amor”, comentou o artista.
O também ator Bobby Berk, da série “Queer Eye”, da Netflix, também escreveu, junto com uma foto sua: “olhem esses lindos #ProudBoys. Faça com que esta hashtag seja sobre amor, não ódio”.
Até mesmo as Forças Armadas do Canadá entraram no clima e tuitaram uma foto de um soldado beijando seu namorado, junto com a mensagem: “se você usa nosso uniforme, sabe o que isso significa. Se você está pensando em usar nosso uniforme, também sabe o que isso significa. Amor é amor. Sabe o que isso significa?”.