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Pesquisa divulgada nesta quarta-feira (29) pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) revela que São Paulo é o estado que mais mata travestis e transexuais no Brasil. Em 2019, o estado governado por João Doria (PSDB) registrou 21 assassinatos, número que representa um aumento de 50% dos casos em relação a 2018, que teve 14 mortes contabilizadas.
Além de São Paulo, Ceará (40), Bahia (40) e Rio de Janeiro (37) também apresentaram índices altos de violência contra a população trans. A pesquisa também lembra que o Brasil ainda é o país que mais mata travestis e transexuais no mundo, seguido por México (65 mortes) e Estados Unidos (31 mortes).
Militantes afirmam, no entanto, que muitos estados brasileiros enfrentam problemas de subnotificação dos assassinatos. É o caso de Pernambuco que, em 2018, registrou apenas sete mortes, de acordo com a Antra.
No primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro, foram confirmados 124 assassinatos de pessoas trans, sendo 121 travestis e mulheres transexuais e três homens trans. O Mapa dos Assassinatos 2019 aponta que 59,2% das vítimas tinham entre 15 e 29 anos, 22,4% entre 30 e 39 anos, 13,2% entre 40 e 49 anos, 3,9% entre 50 e 59 anos e entre 60 e 69 anos, 1,3% dos casos.
O número total de mortes caiu em relação a 2018, com 163, mas a Antra acredita que o preconceito tem “migrado do epicentro do ódio para assumir outras formas, em que matar seria o ponto mais extremo e a violência passa a se intensificar sob outros aspectos, simbólicos, psicológicos, estruturais e institucionais.”
Nesta quarta-feira (29), comemora-se o Dia Nacional da Visibilidade Trans. A data foi criada em 2004, na ocasião do lançamento da campanha nacional “Travesti e Respeito” junto ao Congresso Nacional. Foi o primeiro ato nacional organizado por pessoas trans que repercutiu no país.
Confira:
[caption id="attachment_204861" align="alignnone" width="725"] Fonte: Antra[/caption]