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Nova lei é 'inaceitável' e tem 'impacto negativo sobre os direitos humanos', diz banda; Bruce Springsteen e Ringo Starr também cancelaram shows no Estado
Por Opera Mundi
A banda norte-americana Pearl Jam cancelou nesta segunda-feira (18/04) o show que faria na quarta-feira (20/04) em Railegh, capital da Carolina do Norte. Segundo o grupo, o cancelamento se deu por conta da nova lei estadual que bane direitos civis da comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Pessoas Trans).
“A lei que foi aprovada recentemente é uma legislação desprezível que encoraja a discriminação contra um grupo inteiro de cidadãos norte-americanos. As consequências práticas são extensas e é profundo o impacto negativo sobre os direitos humanos”, disse o Pearl Jam por meio de um comunicado divulgado em seu perfil oficial do Facebook.
Aprovada e sancionada no fim de março, a lei estabelece que pessoas trans devem usar banheiros que correspondam aos genitais com que nasceram e não à sua identidade de gênero, entre outras medidas discriminatórias.
O Pearl Jam afirmou que entrou em contato com grupos de ativistas LGBTs do Estado com os quais contribuirá financeiramente “para facilitar o progresso nesse assunto”. “Enquanto isso, acompanharemos [a situação] com esperança e esperando a hora em que possamos voltar”.
“É por essa razão [lei anti-LGBT] que nós precisamos nos posicionar contra o preconceito”, disse a banda.
Outros artistas e negócios anunciaram boicotes ao Estado ou ameaçaram fazê-lo por conta da nova lei. Há menos de duas semanas, o cantor norte-americano Bruce Springsteen também cancelou um show que realizaria na Carolina do Norte. “Algumas coisas são mais importantes do que um show de rock, e essa luta contra o preconceito e a intolerância é uma delas”, declarou Springsteen na ocasião. O beatle Ringo Starr também cancelou um show que realizaria no Estado na última semana.
No início deste mês, o serviço de pagamento online PayPal anunciou que, por conta da legislação, não irá mais abrir um escritório em Charlotte, maior cidade da Carolina do Norte, que previa 400 postos de trabalho. Segundo Dan Schulman, presidente da empresa, “a nova lei perpetua a discriminação e viola os princípios e valores centrais” da companhia.
Leia abaixo o comunicado do Pearl Jam na íntegra:
Foto de capa: Reprodução Facebook