B-2 Spirit e GBU-57: as armas utilizadas pelos EUA no ataque contra o Irã

Bombardeiros furtivos e bombas "bunker buster" foram empregados contra o complexo nuclear subterrâneo

B-2 Spirit
B-2 SpiritCréditos: Christopher Ebdon sob licença CCBYSA
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Neste sábado (21), os Estados Unidos realizaram um ataque contra alvos nucleares subterrâneos no Irã, com foco no complexo de Fordow — instalação fortemente protegida localizada sob uma montanha, usada no programa de enriquecimento de urânio iraniano.

A operação, confirmada por Donald Trump em sua plataforma social Truth Social, teria utilizado uma das combinações mais letais e tecnológicas do arsenal americano: o bombardeiro furtivo B-2 Spirit e a bomba antibunker GBU-57A/B, também conhecida como Massive Ordnance Penetrator (MOP).

B-2 Spirit

Projetado para missões estratégicas de penetração profunda em áreas fortemente defendidas, o B-2 Spirit é o bombardeiro mais avançado da Força Aérea dos EUA.

Com sua tecnologia stealth (furtiva) e um desenho de asa voadora que elimina superfícies verticais detectáveis por radar, o B-2 consegue atravessar o espaço aéreo inimigo sem ser identificado, mesmo em zonas protegidas por sistemas antiaéreos modernos.

Com um alcance de mais de 11 mil quilômetros sem reabastecimento e capacidade de operar globalmente com apoio aéreo, o B-2 pode carregar até 18 toneladas de armamentos, incluindo armas nucleares e bombas guiadas por GPS.

No caso da operação contra o Irã, sua missão era lançar até duas unidades da GBU-57, arma que nenhuma outra aeronave no mundo é capaz de transportar.

GBU-57

A GBU-57A/B é a maior bomba convencional dos EUA e foi desenvolvida justamente para destruir instalações subterrâneas fortificadas, como bunkers e usinas nucleares escondidas no subsolo.

Com peso de 13,6 toneladas, sua carcaça de aço de alta densidade permite que ela penetre até 61 metros de concreto ou rocha antes da detonação.

Seu sistema de navegação combina GPS e sensores inerciais, o que garante precisão milimétrica mesmo contra alvos enterrados profundamente.

Além disso, um fusível inteligente calcula o momento exato da explosão para maximizar a destruição interna, colapsando estruturas e selando túneis.

A bomba nunca havia sido usada em combate até agora. Seu uso neste ataque representa uma escalada significativa na capacidade de intimidação dos EUA, sobretudo em relação à ameaça de um Irã nuclear.

Especialistas apontam, no entanto, que mesmo uma bomba como a GBU-57 pode precisar de múltiplos lançamentos para garantir a destruição total de uma instalação como Fordow.

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