CRISE NA EXTREMA DIREITA

Deputada trumpista pediu para que EUA não atacassem o Irã: "essa não é a nossa guerra"

Marjorie Taylor Greene, uma das mais radicais da extrema direita, criticou Netanyahu horas antes dos bombardeios americanos às instalações nucleares

Marjorie Taylor Greene e Donald Trump em 2024
Marjorie Taylor Greene e Donald Trump em 2024Créditos: ELIJAH NOUVELAGE / AFP
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A deputada Marjorie Taylor Greene, considerada uma das mais radicais trumpistas da Câmara dos Representantes dos EUA, utilizou suas redes sociais para criticar a possibilidade dos EUA bombardearem o Irã horas antes do ataque às instalações nucleares do país neste sábado (21).

MTG, que é representante do 14º distrito congressional da Geórgia desde 2020, afirmou que "toda vez que os Estados Unidos estão à beira da grandeza, nos envolvemos em mais uma guerra estrangeira. Não haveria bombas caindo sobre o povo de Israel se Netanyahu não tivesse lançado bombas sobre o povo do Irã primeiro".

"Israel é uma nação com armas nucleares.  Esta não é a nossa luta. A paz é a resposta", completou no Twitter.

Horas depois, o presidente dos EUA confirmou os ataques a Fordow, Natanz e Isfahan, em uma escalada dramática do conflito no Oriente Médio.

O caso evidencia o custo político da guerra contra o Irã para o presidente dos EUA. Desde 2016, Trump acumulou capital político por suas críticas à presença militar dos EUA no Oriente Médio, criticando, por exemplo, as administrações Bush e Obama pelo início e manutenção dos conflitos no Iraque e no Afeganistão.

60% da população do país não quer que os EUA entrem em uma guerra contra o Irã, revelou pesquisa da YouGov feita no fim de semana passada. Mesmo entre eleitores de Trump, a rejeição a eventuais ataques é de 53%.

Depois do ataque, a deputada publicou um texto em defesa dos soldados estadunidenses. "Vamos nos unir e orar pela segurança de nossas tropas americanas e dos americanos no Oriente Médio. Vamos orar para que não sejamos atacados por terroristas em nossa terra natal depois que nossa fronteira esteve aberta nos últimos 4 anos e mais de 2 milhões de refugiados entraram. Vamos orar pela paz", completou.

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