DRONES SUICIDAS

Fórum viu as armas que o Irã pode usar para retaliar; saiba quais são

Em visita ao Centro Aeroespacial, mísseis e drones

O míssel Fattah-1 é um dos mais modernos do arsenal do Irã.
"Conquistador".O míssel Fattah-1 é um dos mais modernos do arsenal do Irã.Créditos: Wikipedia
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A reportagem da revista Fórum viu, na semana passada, as armas que o Irã pode usar para retaliar contra o ataque de Israel, que aconteceu na madrugada de hoje.

Uma onda de drones Shahed já teria sido despachada em direção a alvos israelenses, mas Teerã não confirmou esta informação da mídia israelense.

Com 3,5 metros de comprimento e 2,5 de envergadura, o Shahed 136 é um drone suicida que tem alcance de 2.500 quilômetros, viajando a cerca de 190 quilômetros por hora.

O drone iraniano fez tanto sucesso no mercado internacional que sua tecnologia foi repassada à Rússia, que os fabrica com o nome Geran 2 e utiliza em larga escala na guerra contra a Ucrânia.

O Shahed pesa 200 quilos e é lançado de uma plataforma.

Por causa do baixo custo, estimado em 10 mil dólares a unidade, pode ser produzido em massa.

O papel do Shahed na guerra moderna não é tanto o de provocar destruição, mas o de engajar e esgotar a defesa aérea inimiga.

Por isso, o lançamento de enxames de Shahed em geral precede o disparo de mísseis de longo alcance.

A farsa de Trump

O Irã dispõe de uma variedade de mísseis capazes de atingir Israel e as bases estadunidenses no Oriente Médio.

O governo Trump alega que não tem relação com o ataque de Israel, mas trata-se de uma farsa.

Agindo assim, evita ser atacado e ao mesmo tempo mantém em pé as negociações para um acordo nuclear com o Irã.

O ataque de Israel na madrugada de hoje serviria como alerta ao governo do Irã sobre o que pode acontecer se não ceder à pretensão estadunidense de impedir Teerã de enriquecer urânio.

Manter superioridade nuclear de Israel na região é essencial para o projeto de controle dos Estados Unidos sobre todo o Oriente Médio.

Os estadunidenses mantém bases militares importantes em Barein, Catar, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Síria, Iraque e Israel.

Soberania nacional

A Fórum teve acesso ao salão onde o Irã expõe os modelos de mísseis em seu arsenal, dos quais alguns já foram utilizados contra Israel.

Fica no Centro Aeroespacial de Teerã.

Apesar de estar sob sanções do Ocidente desde ao menos 1987, o Irã conseguiu desenvolver tecnologia de drones e mísseis com a chamada engenharia reversa, ou seja, copiando modelos aos quais teve acesso em conflitos.

O Fattah-1 é um míssil balístico hipersônico que voa a cinco vezes a velocidade do som e tem alcance de 1.400 quilômetros.

O Kheibar Shekan, que em persa significa Destruidor de Fortaleza, é um míssil de combustível sólido com 1.450 quilômetros de alcance, que ganhou este nome porque tem capacidade de manobrar para vencer sistemas anti-mísseis.

Israel diz que os ataques de mísseis que sofreu do Irã foram ineficazes e provaram que o chamado Domo de Ferro do país funciona.

É o sistema de defesa anti-aérea.

Teerã, por sua vez, afirma que provou que seus mísseis penetram o Domo de Ferro no ataque a Israel de outubro do ano passado. Imagens do impacto de mísseis do Irã em solo israelense, disponíveis nas redes sociais, seriam a prova disso.

A decisão de Israel de atacar o Irã na madrugada de hoje para degradar o avanço do enriquecimento de urânio no país demonstra que Tel Aviv está preocupada em manter sua hegemonia militar na região a qualquer custo.

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