CHINA EM FOCO

O que diz a China sobre o fim do tarifaço de Trump após acordo com os EUA

Negociações na Suíça deram o tom para nova fase do embate comercial entre Pequim e Washington

Presidente Donald Trump
Presidente Donald TrumpCréditos: Jim WATSON / AFP
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A China e os Estados Unidos anunciaram nesta segunda-feira (12) avanços significativos nas negociações econômicas bilaterais de alto nível, com destaque para a decisão conjunta de cancelar 91% das tarifas adicionais impostas um ao outro nos últimos anos.

A medida representa um passo importante na redução das tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo e um arrefecimento da guerra comercial imposta pelo governo estadunidense contra os chineses.

Segundo o porta-voz do Ministério do Comércio da China, os dois países também suspenderam a aplicação de tarifas de 24% classificadas como “recíprocas”, introduzidas a partir de abril de 2025 em uma escalada tarifária que chegou a 125% em alguns casos. A suspensão vale por 90 dias.

As sanções tarifárias haviam causado sérios impactos no comércio bilateral e afetado cadeias produtivas globais.

“A suspensão dessas medidas atende aos interesses de produtores e consumidores de ambos os países, além de contribuir para a estabilidade econômica mundial”, disse o porta-voz em nota oficial.

A China manifestou esperança de que os Estados Unidos continuem a buscar soluções negociadas e abandonem práticas unilaterais.

O vice-premiê chinês He Lifeng afirmou que a reunião de alto nível China-EUA sobre assuntos econômicos e comerciais foi profunda, franca e construtiva.

Graças aos esforços conjuntos de ambos os lados, as negociações foram frutíferas, disse He, acrescentando que este é um passo importante para resolver as diferenças por meio do diálogo e da consulta igualitários, e que lançou as bases e criou condições para superar ainda mais as diferenças e aprofundar a cooperação.

O entendimento marca uma reaproximação estratégica entre os dois países e prevê a criação de um mecanismo de consultas regulares em comércio e economia.

Os encontros poderão ocorrer alternadamente na China, nos EUA ou em país neutro, com possibilidade de reuniões técnicas conforme a necessidade.

Ambos os lados reafirmaram o compromisso com uma relação comercial estável, duradoura e mutuamente vantajosa, considerando seu impacto no equilíbrio da economia global. Para analistas, o acordo sinaliza um esforço conjunto para retomar o diálogo em um momento de incertezas geopolíticas e tensões no comércio internacional.

Com informações de Xinhua e Global Times.

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