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Inteligência Artificial: Disputa entre China e EUA por hegemonia ecoa na geopolítica

Duelo entre as duas maiores economias do mundo impacta vários aspectos das relações internacionais, da segurança nacional, da economia e da inovação tecnológica

Créditos: Getty Images - China e EUA disputam hegemonia do desenvolvimento de IA
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A inteligência artificial (IA) está no centro do duelo geopolítico entre China e Estados Unidos, as duas maiores economias do mundo, e impacta vários aspectos das relações internacionais, da segurança nacional, da economia e da inovação tecnológica.

Do lado chinês, o boom na indústria de IA trouxe uma atenção crescente para o setor relacionado à computação, incluindo computação em nuvem e chips. Com o rápido crescimento das aplicações de IA em diversas indústrias, há uma demanda crescente por sistemas de computação mais poderosos para suportar essas aplicações.

Uma mostra da potência chinesa neste campo pode ser vista na China International Big Data Industry Expo 2024, aberta nesta quarta-feira (28) na cidade de Guiyang, província de Guizhou, no sudoeste do país. O evento atraiu mais de 21 mil convidados e 414 empresas nacionais e internacionais e vai esta sexta-feira (30).

As empresas de tecnologia chinesas se mostraram ansiosas para capturar uma parte do florescente setor doméstico relacionado à IA. Na abertura da exposição, oficiais e líderes da indústria expressaram confiança no desenvolvimento de capacidades computacionais avançadas, já que o setor chinês tem feito avanços significativos no setor baseados em experiência e proeza tecnológica.

Pequim leva a sério essa disputa tecnológica. Além de estabelecer infraestrutura, como centros de dados, regiões em todo o país, diversas medidas têm sido implementadas para impulsionar o desenvolvimento da infraestrutura de poder computacional da potência asiática.

Durante a exposição em Guizhou, o chefe da Administração Nacional de Dados da China, Liu Liehong, informou que, para fortalecer as capacidades computacionais avançadas e fomentar novas forças produtivas de qualidade, a China investiu mais de 6,12 bilhões de dólares em um projeto nacional para construir centros de dados de computação.

"Após uma década de desenvolvimento, a exposição emergiu como uma plataforma crucial no campo de dados do país, liderando tendências de inovação, exibindo conquistas da indústria e promovendo a abertura e cooperação", disse Liu na cerimônia de abertura.

Estratégia chinesa para liderar o setor de IA

Além desse investimento informado durante a exposição, a China tem adotado uma série de estratégias ambiciosas para liderar o desenvolvimento global de IA. Essas estratégias estão alinhadas com os objetivos mais amplos do país de se tornar uma superpotência tecnológica até 2030.

Pequim estabeleceu planos governamentais detalhados para o desenvolvimento da IA, incluindo o plano "Made in China 2025" e outras iniciativas específicas para IA. Estes planos incluem investimentos substanciais em pesquisa e desenvolvimento. Por exemplo, o governo chinês planeja investir cerca de 150 bilhões de dólares na indústria de IA até 2030.

O governo chinês promove ativamente ecossistemas de inovação em IA através do estabelecimento de parques tecnológicos, incubadoras de startups e zonas de desenvolvimento que atraem tanto empresas nacionais quanto estrangeiras. Cidades como Pequim, Xangai e Shenzhen são centros de inovação em IA.

A China incentiva a colaboração entre universidades, institutos de pesquisa e empresas para acelerar o desenvolvimento e a aplicação da IA. Programas educacionais e de formação em IA têm sido expandidos para garantir uma oferta constante de talentos qualificados.

Empresas chinesas como Alibaba, Tencent, Baidu e Huawei recebem apoio substancial do governo para desenvolver tecnologias de IA. Além disso, há um forte suporte para startups de IA por meio de financiamentos e políticas favoráveis.

A China procura estabelecer parcerias e colaborações internacionais em IA. Isso inclui participar de fóruns globais, estabelecer parcerias com universidades e empresas estrangeiras e atrair talentos globais.

Embora promovendo agressivamente o desenvolvimento da IA, a China também está criando um quadro regulatório para a IA (leia abaixo) que inclui normas de ética, privacidade e segurança dos dados. Essas regulamentações visam equilibrar a inovação com o controle social e estatal.

O governo chinês prioriza a implementação de IA em setores chave como saúde, educação, transporte, finanças e segurança nacional, para melhorar a eficiência e impulsionar o desenvolvimento econômico.

Reconhecendo a importância da infraestrutura subjacente para o desenvolvimento da IA, a China tem investido pesadamente em computação de alto desempenho e em infraestrutura de dados, incluindo centros de dados e redes de comunicação avançadas.

Essas estratégias coletivas ilustram o compromisso da China em liderar o campo da IA globalmente, não apenas através do desenvolvimento tecnológico, mas também por meio de uma abordagem integrada que inclui política industrial, educação, regulamentação e diplomacia internacional.

Reação dos Estados Unidos

Esse massivo investimento da China em computação ocorre enquanto enfrenta restrições crescentes dos EUA, que limitaram as exportações de alguns produtos de computação avançada, incluindo os da líder da indústria Nvidia nos últimos anos.

Enquanto Washington intensifica os controles sobre as exportações de chips da Nvidia para a China, a fabricante de chips dos EUA ainda busca ativamente oportunidades para colaborar com empresas chinesas e se beneficiar de seu rápido progresso.

Nesta quarta-feira, durante a teleconferência de resultados do segundo trimestre da empresa, a CFO da Nvidia, Colette Kress, destacou que a receita do data center da empresa na China havia crescido sequencialmente, contribuindo significativamente para a receita total.

No entanto, ela disse: "Como porcentagem da receita total do data center, ainda está abaixo dos níveis vistos antes da imposição dos controles de exportação. Continuamos a esperar que o mercado chinês seja muito competitivo no futuro."

Além dessas restrições para tentar conter a China, a busca dos Estados Unidos pela hegemonia na IA é uma parte central de sua estratégia tecnológica e geopolítica.

O país tem investido maciçamente em pesquisa e desenvolvimento em IA através de agências governamentais, como a National Science Foundation (NSF) e o Departamento de Defesa, que inclui a DARPA. Esses investimentos visam impulsionar a inovação e manter os EUA na vanguarda das tecnologias emergentes.

O governo dos EUA também colabora estreitamente com o setor privado, que inclui gigantes tecnológicos como Google, IBM e Microsoft, para acelerar o desenvolvimento e a aplicação de IA em diversos setores, desde saúde até segurança nacional.

Instituições de ensino superior nos EUA, muitas das quais são líderes mundiais em pesquisa de IA, desempenham um papel crucial na formação de talentos em IA. O governo também apoia iniciativas para melhorar a educação em ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM) em todos os níveis.

Os EUA têm trabalhado para desenvolver um quadro regulatório que equilibre inovação e ética em IA. Isso inclui diretrizes para o uso justo e ético da IA, bem como medidas para proteger a privacidade e os dados pessoais.

Washington considera a competição em IA, especialmente com a China, como um elemento crucial de sua estratégia geopolítica. Isso levou a medidas como restrições à exportação de tecnologias de IA para a China e investimentos para garantir que os EUA permaneçam competitivos em tecnologias críticas.

A IA é vista como um componente estratégico para a defesa nacional. Os EUA estão integrando IA em sistemas de defesa e inteligência para melhorar capacidades, como vigilância, reconhecimento e tomada de decisões automatizada.

Os EUA também usam sua liderança em IA como uma ferramenta de diplomacia, buscando estabelecer normas e padrões internacionais em fóruns globais e promovendo o uso responsável da IA em todo o mundo.

Apesar dos esforços, os EUA enfrentam desafios internos, como questões de viés e discriminação em sistemas de IA e preocupações sobre a perda de empregos devido à automação. Além disso, a abordagem estadunidense às vezes é criticada por outras nações devido a preocupações com a dominação tecnológica e a imposição de padrões americanos em tecnologias globais.

A busca dos EUA pela hegemonia em IA é uma combinação de liderança tecnológica, investimento estratégico, colaboração internacional e uma abordagem consciente dos desafios éticos e regulatórios, tudo dentro do contexto de uma intensa rivalidade geopolítica com outras potências globais, especialmente a China.

O papel da mídia na guerra tecnológica

Fora dos gabinetes de Washington e Pequim, um outro campo desta batalha tecnológica ocorre na mídia ocidental. Ao mesmo tempo que a China realiza a exposição internacional e divulga números promissores no setor, veículos de mídia importantes, como The New York Times (NYT) e The Economist, reservam espaço para tratar do tema.

Nesta quinta-feira, o nova-iorquinho NYT traz uma matéria que desenha com alarde uma fuga de cérebros da China para os EUA, mais especificamente para o Vale do Silício, na Califórnia. Intitulada "Can China Tech Find a Home in Silicon Valley?" ("A tecnologia chinesa pode encontrar um lar no Vale do Silício?", em tradução livre) o texto traz como pano de fundo uma festa luxuosa organizada pelo ex-CEO da Alibaba, David Wei, agora investidor de capital de risco, que reuniu mais de 100 pessoas, entre elas convidados da indústria tecnológica chinesa.

A reportagem - feita a partir de Palo Alto é assinada por Li Yuan, jornalista que assina a coluna The New New World, que foca na crescente influência da China no mundo - conta que as conversas dessa festa de luxo giravam em torno da desconfiança na China, das oportunidades em inteligência artificial nos EUA e das estratégias para entrar no mercado estadunidenses.

Ela afirma que muitos profissionais de tecnologia chineses, desiludidos com as limitações no próprio país, buscam no Vale do Silício um novo campo para expansão e inovação, face à repressão do governo chinês às empresas privadas e à crise econômica prolongada.

Yuan destaca que investidores e empreendedores, que outrora impulsionaram o crescimento tecnológico chinês investindo em startups inovadoras como Alibaba e Xiaomi, agora encontram-se em uma posição delicada. As tensões entre China e EUA, e as restrições impostas pelos governos, dificultam novas listagens de ações em Nova York, limitando as oportunidades de lucro.

O texto prossegue a avalia que a nova realidade os faz perder não só a segurança como também a capacidade de investir em tecnologias avançadas. As restrições de investimento dos EUA e a vigilância sobre a tecnologia chinesa exacerbaram o clima de cautela, deixando muitos investidores chineses em uma situação desconfortável, a ponto de alguns fundadores rejeitarem conversar mesmo após saberem da naturalização de décadas de um investidor.

No entanto, finaliza a matéria, apesar dos desafios, o Vale do Silício ainda é visto como uma terra de promessas para esses investidores chineses, que, mesmo sem poder aspirar a sucessos como o da Alibaba, ainda veem potencial em pequenas startups que podem prosperar. Esta situação, embora longe do ideal, é considerada melhor do que a inação, num momento em que o futuro das inovações e da rivalidade tecnológica entre China e EUA permanece incerto.

IA, Kissinger e Xi Jinping

Já a revista semanal londrina The Economist, no texto publicado no dia 25 de agosto e intitulado "Is Xi Jinping an AI doomer? ("Xi Jinping é um pessimista quanto à inteligência artificial?", em tradução livre) analisa que a elite da China está dividida sobre a inteligência artificial.

A matéria recorda que em julho de 2023, pouco antes de sua morte, Henry Kissinger fez sua última viagem a Pequim e alertou o líder chinês, Xi Jinping, sobre os riscos catastróficos da IA. Desde então, líderes tecnológicos estadunidenses e ex-funcionários governamentais têm realizado reuniões discretas com seus homólogos chineses nos chamados Diálogos Kissinger, focando em como proteger o mundo dos perigos da IA.

Este tema, informa a revista, está na pauta da visita oficial desta semana do conselheiro de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan, a Pequim.

O desenvolvimento da IA é visto por muitos como capaz de superar as habilidades cognitivas humanas, levantando preocupações sobre modelos de inteligência geral artificial (AGI, da sigla em inglês) que podem aprender e se tornar incontroláveis. Esses riscos dividem opiniões entre "doomers", que veem a IA como uma ameaça existencial e defendem regulamentações rigorosas, e "aceleracionistas", que destacam os benefícios potenciais da tecnologia.

Na China, de acordo com a The Economist, a discussão tem sido dominada pelos aceleracionistas, mas há uma crescente influência dos doomers. Os reguladores chineses inicialmente focaram mais em controlar chatbots que poderiam fazer declarações politicamente sensíveis do que em prevenir que modelos avançados escapassem do controle humano.

No entanto, em 2023, diz o semanário, o governo começou a exigir que os desenvolvedores registrassem grandes modelos de linguagem, avaliando-os quanto à aderência aos valores socialistas e ao potencial de "subverter o poder do estado".

O futuro da regulação da IA na China, conclui a revista londrina, dependerá da visão de Xi Jinping, que recentemente mostrou levar a sério as preocupações sobre os riscos da IA, instruindo a necessidade de uma abordagem preventiva e controlável para o desenvolvimento da tecnologia. Isso indica uma possível mudança em direção a restrições mais rígidas na pesquisa e desenvolvimento de IA, posicionando a China como um líder na governança global de IA dentro do quadro das Nações Unidas.

Legislação chinesa sobre IA

A visão pessimista e personalizada na opinião de Xi Jinping apresentada pela revista The Economist sobre a legislação da China em relação à IA não é um desenho preciso da realidade. As leis chinesas sobre o tema seguem o modelo de governança para todos os aspectos da sociedade e não está restrito à tecnologia. O regramento chinês é dinâmico e rigoroso e, no caso da IA, reflete o papel central que essa tecnologia desempenha para a potência asiática.

O governo chinês, independente da opinião de Kissinger ou Xi, tem um forte interesse em manter o controle sobre o desenvolvimento e a implementação da IA, especialmente em termos de segurança, ética e conformidade ideológica. Isso inclui regulamentos que garantem que os algoritmos de IA estejam alinhados com os valores socialistas com características chinesas e não ameacem a ordem pública ou o poder do Estado.

Em 2021, a China implementou regras que exigem que todos os desenvolvedores de IA registrem seus produtos e serviços de IA para avaliação antes de serem comercializados. Esta regulamentação é parte de um esforço mais amplo para garantir que as tecnologias de IA sejam seguras, confiáveis e controláveis.

Pequim também estabeleceu diretrizes éticas para a pesquisa e desenvolvimento de IA, incluindo a necessidade de transparência, justiça e responsabilidade. Essas diretrizes visam prevenir abusos dos direitos humanos e garantir que o desenvolvimento de IA beneficie a sociedade como um todo.

Em linha com a Lei de Proteção de Informações Pessoais (PIPL, da sigla em inglês) e a Lei de Segurança de Dados, a China tem reforçado as regras sobre coleta, armazenamento e uso de dados, que são fundamentais para o desenvolvimento de sistemas de IA. As empresas devem garantir a segurança dos dados e obter consentimento explícito para seu uso em aplicações de IA.

Ao mesmo tempo que implementa regulamentações rigorosas, o governo chinês promove ativamente o desenvolvimento da IA dentro do país. Há um forte incentivo para inovação através de subsídios, apoio a parques tecnológicos e iniciativas de pesquisa, visando posicionar a China como líder global em IA.

A China tem buscado ter uma voz ativa na formulação de normas internacionais para a IA, promovendo abordagens que refletem seus interesses nacionais e valores no cenário global. Nesse cenário, a legislação chinesa para IA é um equilíbrio entre incentivar inovação tecnológica e manter um controle rigoroso para mitigar riscos potenciais e garantir que o desenvolvimento da IA esteja em conformidade com os objetivos políticos e sociais do governo chinês.

A fronteira geopolítica da IA

A IA é vista como uma tecnologia transformadora que tem o potencial de redefinir o equilíbrio de poder global. Os EUA e a China têm investido pesadamente em pesquisa e desenvolvimento de IA para garantir liderança tecnológica, que se traduz em poder geopolítico e econômico.

A IA tem aplicações significativas em segurança nacional e sistemas de defesa, incluindo vigilância, automação de sistemas de armas e análise de inteligência. A capacidade de usar IA para melhorar a eficácia militar ou de segurança é uma vantagem estratégica que ambos os países buscam maximizar.

A IA influencia a competitividade econômica ao impulsionar a inovação, aumentar a eficiência da produção e personalizar serviços. Tanto China quanto os Estados Unidos veem o domínio da IA como uma alavanca para o crescimento econômico futuro e para manter uma vantagem competitiva na economia global.

A corrida para desenvolver e implementar IA também está moldando como as normas e regulamentações globais estão sendo estabelecidas. EUA e China têm visões distintas sobre governança e ética em IA, o que influencia fóruns internacionais e padrões globais relacionados à tecnologia.

A liderança em IA pode também conferir influência geopolítica por meio de parcerias tecnológicas. Os EUA e a China buscam formar alianças através de colaborações em IA, exportação de tecnologias e formação de padrões internacionais.

A capacidade de liderar em IA também contribui para o soft power de um país, ao definir padrões e ser visto como um líder em uma tecnologia que é considerada crítica para o futuro. Isso pode influenciar outros países e suas decisões políticas e econômicas.

Questões como vigilância massiva, uso de reconhecimento facial e ética na IA são áreas de preocupação e debate, especialmente entre China e EUA, onde a abordagem a essas questões pode ser bastante diferente.

Portanto, a IA não é apenas uma questão de inovação tecnológica, mas um ponto central nas estratégias geopolíticas de ambas as superpotências, moldando tudo, desde a política de defesa até a competitividade econômica e as relações internacionais.

Desafios da China para liderar o setor de IA

A China tem se posicionado como uma das líderes globais em desenvolvimento de inteligência artificial (IA), mas enfrenta vários desafios nesse caminho. Um dos maiores desafios é a dependência de tecnologias estrangeiras, especialmente em áreas como semicondutores avançados, que são críticos para o desenvolvimento de hardware de IA. As restrições de exportação impostas por países como os Estados Unidos têm limitado o acesso da China a essas tecnologias essenciais, o que pode atrasar o desenvolvimento de projetos de IA de ponta.

A China tem leis rigorosas de segurança de dados e privacidade que, embora protejam os dados dos usuários, também impõem restrições significativas ao tipo de dados que podem ser coletados e como podem ser usados para treinamento de IA. Isso pode limitar a capacidade dos desenvolvedores de IA de acessar um conjunto de dados diversificado e amplo, essencial para o desenvolvimento de sistemas de IA robustos e eficazes.

Apesar de um grande número de graduados em ciências, tecnologia, engenharia e matemática, a China enfrenta desafios na formação de talentos especializados em IA de alto nível. Além disso, a emigração de talentos para países com mercados de tecnologia mais desenvolvidos é uma preocupação constante.

A rápida adoção da IA vem acompanhada de desafios éticos e regulatórios significativos. A implementação de IA em escala pode levar a problemas como viés algorítmico, falta de transparência e desafios na explicabilidade das decisões de IA, que precisam ser abordados por meio de regulamentações rigorosas e frameworks éticos.

Enquanto a China avança, ela enfrenta forte concorrência de outros líderes globais em IA, como os Estados Unidos e países europeus, que também estão investindo pesadamente em pesquisa e desenvolvimento de IA. A competição não é apenas tecnológica, mas também na definição de normas e éticas globais para o uso de IA.

Apesar do forte crescimento em setores de tecnologia, a China enfrenta desafios na integração de tecnologias de IA em setores mais tradicionais e em pequenas e médias empresas, que podem não ter os recursos ou a infraestrutura para adotar essas tecnologias rapidamente.