CHINA EM FOCO

Exportação de carros chineses dispara em junho graças a entusiasmo com elétricos

Novos elétricos baratos e de alto desempenho surpreendem o mercado global

Carros da BYD tem se tornado cada vez mais populares no BrasilCréditos: Li Jianan/xINHUA
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As exportações de veículos de passageiros da China atingiram 378 mil unidades em junho, um aumento de 28% em relação ao ano anterior, mantendo-se estáveis em comparação com o mês anterior.

Com a recuperação do mercado sul-americano, as exportações de carros de marcas chinesas chegaram a 325 mil unidades em junho, um aumento de 31% em relação a 2023.

As exportações de veículos de luxo e de carros fabricados por joint ventures alcançaram 54 mil unidades em junho, registrando um aumento de 12% em relação ao ano anterior. No primeiro semestre de 2024, as exportações de NEVs somaram 586 mil unidades, um cresccimento de 21,2%.

O entusiasmo por NEVs, combinado com incentivos do governo para a substituição de veículos desatualizados, deve continuar a impulsionar a demanda por carros, afirma a Xinhua.

O crescimento do mercado chinês

Em 2022, a China se tornou o segundo maior exportador de automóveis do mundo, com mais de 3,11 milhões de veículos exportados. A trajetória de crescimento, porém, deve se seguir nos próximos anos com os chineses dominando o mercado global de automóveis já nesta década.

Segundo o levantamento da gigante consultoria estadunidense AlixPartners, os fabricantes de automóveis chineses como BYD, GWM e Geely aumentarão sua participação no mercado mundial de novos carros para 33% no ano de 2030.

“A China é o novo disruptor da indústria - capaz de criar veículos indispensáveis que chegam ao mercado mais rapidamente, são mais baratos de comprar, avançados em tecnologia e design, e mais eficientes de construir. Para as montadoras tradicionais, acompanhar as marcas mais fortes da China exigirá mais do que uma correção de curso", completa.

Espera-se que as marcas chinesas na China cresçam de 59% para 72% em participação de mercado interno. Na América do Sul, os chineses vão sair de menos de 5% dos carros vendidos para 28%. O crescimento deve se seguir no Oriente Médio, na África e em toda a Ásia.