O Brasil é o convidado de honra do 14º Festival Internacional de Cinema de Pequim (BIFF, da sigla em inglês) no ano em que são celebrados os 50 anos das relações diplomáticas sino-brasileiras.
A produção cinematográfica brasileira ilumina o 14º BJIFF, que terá quatro longas-metragens apresentados na mostra Brazil Film Week (BFW), a 'Semana do Cinema Brasileiro: Filmes Reverenciados como Fé Sagrada', aberta no sábado (20) e que prossegue até o dia dia 26 de abril.
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A BFW integra a seção Panorama do BIFF e busca mostrar a diversidade e criatividade do cinema brasileiro para o público chinês. Os títulos selecionados pela curadoria chinesa abrangem diferentes temáticas, gêneros e linguagens, retratando as mais variadas regiões do Brasil.
Serão exibidos os filmes Retratos Fantasmas, Marte Um e Que Horas Ela Volta? - representantes do Brasil em outros eventos ao redor do mundo, como em disputas por vagas ao Oscar - e Uma História de Amor e Fúria – semifinalista na categoria animação ao prêmio da Academia. (confira mais informações abaixo).
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Neste ano de cinquentenário das relações entre China e Brasil, os dois países recebem filmes um do outro. Diversos títulos chineses também foram exibidos para o público brasileiro este ano.
Desde o início deste século, diversos filmes brasileiros foram exibidos em toda a China. Produções como "Aquarius" e "Perlimps" foram destaque em várias seções do BJIFF e deixaram uma impressão marcante nos cinéfilos chineses.
Filmes brasileiros em Pequim
Retratos Fantasmas - O filme "Pictures of Ghosts" (2023), de Kleber Mendonça Filho, é uma obra-prima que combina cenas cotidianas com um estilo visual envolvente. O filme leva os espectadores a uma viagem sensorial através de diversas dimensões, começando em uma antiga mansão em Recife (PE). Com habilidade, o diretor mistura informações e observações do cotidiano, resultando em uma magnífica obra de arte que explora temas como amor, fé, realidade e ilusão.
Marte Um - O filme "Mars One" (2022), dirigido por Gabriel Martins, fez sua estreia no Festival de Cinema de Sundance de 2022 e foi submetido como entrada do Brasil para o Oscar de Melhor Filme Internacional. Retrata uma família enfrentando desafios enquanto preserva o otimismo e a essência do amor. A obra, que inclui danças étnicas e cenas de futebol, oferece uma reflexão sobre a vida, destacando a importância de persistir nos sonhos apesar das adversidades.
Que Horas Ela Volta? - O filme "The Second Mother (2015), de Anna Muylaert, foi indicado para a Competição Dramática do Cinema Mundial no 31º Festival de Cinema de Sundance e recebeu elogios, como um dos Cinco Melhores Filmes Internacionais no 87º Prêmio Nacional da Crítica. A narrativa gira em torno de Val, uma babá de meia-idade, e sua filha Jéssica, com quem ela não compartilhou a vida por treze anos. Com uma linguagem audiovisual tranquila e refinada, o filme exibe o desencontro emocional e a conexão entre essa mãe biológica e sua filha.
Uma História de Amor e Fúria - O filme "A History of Love and Fury (2013)", de Luiz Bolognesi, é um épico animado que retrata a história brasileira de forma detalhada, mesclando lutas nacionais e futuros imaginados. Ao longo de quinhentos anos, ele conta uma história de amor e luta, expondo os aspectos sombrios da nação brasileira. Com elementos de realismo mágico e ficção científica, o longa oferece uma experiência audiovisual única.
Laços culturais entre China e Brasil
Durante a Cerimônia de Abertura do 14º BJIFF, no dia 14, a ministra da Cultura do Brasil, Margareth Menezes, fez um discurso por meio de um vídeo gravado, no qual enviou os melhores votos para a indústria cinematográfica chinesa, o intercâmbio entre a indústria cinematográfica da China e do Brasil, e o evento.
Cultura brasileira além de samba e futebol
Em passagem por Pequim para representar o Ministério da Cultura brasileiro no 14º BJIFF, o secretário-executivo adjunto da pasta, Cassius Rosa, concedeu uma entrevista ao veículo estatal CGTN.
Rosa listou para a audiência chinesa que a cultura brasileira vai além do samba e do futebol e falou sobre as relações sino-brasileiras.
Confira a entrevista