A China reagiu indignada à declaração do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, de que teria investido bilhões de dólares para espalhar propaganda e distorcer o ambiente global de informação.
O chanceler estadunidense fez a afirmação durante a terceira edição da "Cúpula pela Democracia", realizada em Seul, capital nacional da Coreia do Sul, entre os dias 18 e 20 de março deste ano.
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Durante o evento, o secretário de Joe Biden informou que o Departamento de Estado dos EUA divulgou um relatório no ano passado no qual detalhou como o governo chinês investiu bilhões de dólares para espalhar propaganda e distorcer o ambiente global de informação.
Blinken também mencionou que a China comprou empresas de mídia na África e no Sudeste Asiático, que então administram notícias pesadamente pró-China.
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O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês Lin Jian, durante coletiva de imprensa regular em Pequim nesta quarta-feira (20), comentou que a China deplora fortemente e se opõe firmemente às observações do secretário Blinken. "Fizemos representações solenes para o lado dos EUA", informou.
Ele comentou ainda que ao propor debate sobre “Democracia versus autoritarismo” na Cúpula para a Democracia, Washigton cria uma falsa narrativa.
"A alegação de que a China está espalhando a própria desinformação é a desinformação. Os EUA são a maior fonte e espalhante de desinformação do mundo. O mundo vê isso claramente", rebateu.
Ele listou exemplos dessa prática estadunidense de espalhar desinformações sobre a China.
"A economia da China mantém um bom impulso em direção a um crescimento estável, mas os EUA continuam exagerando o 'colapso da China' e 'pico da China'. A Iniciativa do Cinturão e Rota traz benefícios para pessoas de muitos países, mas os EUA continuam exagerando a chamada 'armadilha da dívida'", elencou.
Li disse ainda que as histórias verdadeiras sobre a China contadas por estrangeiros foram descritas pelos EUA como “manipulação da opinião pública pela China”. Já as medidas políticas para promover a estabilidade e o desenvolvimento em Xinjiang foram rotuladas pelos EUA como “trabalho forçado” e “genocídio”.
"Políticos dos EUA, incluindo o diretor da CIA, em várias ocasiões revelaram suas táticas secretas de espalhar comentários para difamar a China, como subornar a mídia. Todos estes mostram que os EUA espalharam a desinformação relacionada à China de forma organizada e bem planejada há muito tempo e é a abordagem importante da América para travar uma batalha de percepção contra a China", relembrou.
Eventualmente, mentiras e conspiração só sairão pela culatra, comentou o porta-voz. "Quanto mais os EUA tentarem fabricar rumores e enganarem o mundo, mais óbvio é seu déficit de credibilidade para o mundo, e mais notório será seu nome", finalizou.