Especialistas participantes do Eco Fórum Global Guiyang 2023 pediram cooperação internacional enquanto discutiam mudanças climáticas, biodiversidade e o desenvolvimento verde da China em evento concluído neste domingo (8).
Como o único fórum global de nível nacional da China com o tema da civilização ecológica, o evento, realizado este ano online e presencialmente, atraiu mais de 3.200 participantes da província de Guizhou, sudoeste da China, incluindo representantes do governo, setor empresarial e acadêmico.
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Integrante da Liga Jovem Comunista da África do Sul, Michia Moncho, responsável pelas relações internacionais da organização, comentou que ficou impressionada com o compromisso que os chineses demonstram com a busca por uma civilização ecológica.
"Eu vi pessoas cuidando do meio ambiente e o meio ambiente cuidando delas... Vou levar para casa o que vi aqui, como a China está implementando medidas com características chinesas, e nós, sul-africanos, podemos implementá-las com nossas próprias características", observou.
Soluções alinhadas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), fornecem um roteiro global que protege o planeta, reduz a pobreza e não deixa ninguém para trás, observou James George, representante residente adjunto do Programa da ONU para o Desenvolvimento na China.
"Estamos trabalhando em estreita colaboração com a China e todos os parceiros globalmente para desenvolver novas ações de desenvolvimento inovadoras. Vamos aproveitar esta oportunidade para compartilhar as melhores práticas e novas abordagens inovadoras na China. Que possamos compartilhar com o resto do mundo para uma troca mútua e aprendizado por um planeta melhor para todos", comentou.
Assessor sênior para a China e chefe do Escritório de Pequim da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Tamas Hajba, afirmou que o papel da China no combate às mudanças climáticas é vital. O país é líder mundial na aplicação de energias renováveis. Ele também mencionou a importância da cooperação internacional ao lidar com questões ambientais.
"É muito importante que mensuremos a perda de biodiversidade e troquemos informações e dados uns com os outros, e essa é a maneira como melhoramos nossas próprias políticas", pontuou.
O ex-diretor executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Erik Solheim, disse em um discurso no fórum que a China possui várias empresas dominando as futuras indústrias verdes, algumas até mesmo estabelecidas em cidades pequenas de terceiro escalão.
"A competição global verde, na maioria das vezes, é positiva", observou, ao recordar sua experiência ao convidar representantes da indústria automobilística dos Estados Unidos, Japão e Europa para uma feira de automóveis chinesa em Xangai no início deste ano. "Eles viram o quão longe as empresas chinesas de veículos elétricos chegaram... e isso cria uma boa competição verde."
O diretor adjunto do Instituto Norueguês de Pesquisa em Água, Thorjorn Larssen, comentou que visitou Guizhou pela primeira vez há cerca de 30 anos.
"É muito impressionante ver como a qualidade do ar melhorou e como medidas estão sendo tomadas rapidamente para melhorar. Acredito que a China possa desempenhar um papel ainda maior na cooperação ambiental global", destacou.
O cientista também mencionou o projeto do qual ele se orgulha muito - o projeto de colaboração sino-norueguesa sobre o mercúrio.
"Realizamos muito trabalho para mapear a extensão da poluição por mercúrio na China, tanto em nível nacional quanto local", disse ele, ao observar que coletaram dados e desenvolveram métodos para entender a situação. "Espero que a China possa desempenhar um papel de liderança na integração da natureza e da biodiversidade na agenda internacional", finalizou
Com informações da Xinhua