A economia chinesa mostra um "bom momento de recuperação" com crescimento do PIB de 5,5% no primeiro semestre de 2023, de acordo com o Escritório Nacional de Estatísticas (NBS, da sigla em inglês) em comunicado nesta segunda-feira (17).
"A demanda de mercado gradualmente se recuperou, o fornecimento de produção continuou a aumentar, o emprego e os preços estavam geralmente estáveis, e a renda dos residentes cresceu de forma constante", afirmou Fu Linghui, porta-voz do NBS.
Embora o crescimento do PIB da China no segundo trimestre, de 6,3%, tenha sido o mais alto desde o segundo trimestre de 2021, ficou aquém das expectativas do mercado devido ao efeito de base baixa do ano passado, que foi um período fortemente impactado pela Covid-19.
"Embora a melhora marginal da economia e a recuperação estável tenham se mantido inalteradas, o ambiente externo se tornou mais complexo e desafiador, e a base para uma recuperação econômica doméstica sustentada ainda precisa se solidificar", disse Bruce Pang, economista-chefe e chefe de pesquisa da JLL Greater China, à CGTN.
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A produção industrial subiu 3,8% em relação ao ano anterior, enquanto o investimento em ativos fixos aumentou na mesma proporção.
Este ano, a economia da China enfrentou pressões internas e externas. Os desafios de crescimento se tornaram mais pronunciados quando comparados ao crescimento do segundo trimestre com os três primeiros meses de 2023.
No entanto, o crescimento de 0,8% do PIB no segundo trimestre superou as expectativas.
A China estabeleceu uma meta anual de crescimento econômico de cerca de 5%, e o Banco Mundial elevou suas expectativas para a economia chinesa para 5,6% este ano, um aumento de 1,3% em relação à projeção de janeiro.
Inflação sob controle
Em relação à inflação, o índice de preços ao consumidor (IPC) anual da China permaneceu estável em junho, um dado que atraiu atenção generalizada.
Fu reiterou que a deflação não estava ocorrendo na China e que a baixa taxa de crescimento do CPI era temporária.
No primeiro semestre do ano, as vendas no varejo de bens de consumo social tiveram um aumento de 8,2% em relação ao ano anterior. Além disso, a taxa de contribuição do crescimento dos gastos de consumo final para o crescimento econômico atingiu 77,2%, significativamente maior do que no ano anterior.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) espera que a China contribua com aproximadamente um terço do crescimento global em 2023. O número de executivos globais de empresas como Apple, Tesla e Starbucks que visitaram a China em busca de oportunidades de negócios neste ano também indica confiança global no mercado chinês.
Olhando para o futuro, Pang destacou a importância de fortalecer os fundamentos econômicos da China, enfatizando o papel do consumo e do investimento. Ele afirmou que a China precisa continuar a promover o consumo para impulsionar a consolidação e a expansão de sua recuperação econômica.
Com informações da CGTN