CHINA EM FOCO

Três lembretes para Washington ter em mente sobre as relações com a China

Após visita do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, a Pequim, confira os próximos passos das relações sino-estadunidenses

Créditos: AdobeStock - Relações bilaterais China-EUA dependem da postura de Washington
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O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, concluiu sua visita de dois dias à China nesta segunda-feira (19). Mas será necessário muito mais do que uma visita para restabelecer as relações entre China e EUA.

Aqui estão três palavras que Washington deve lembrar: racionalidade, responsabilidade e resultados.

Primeiro, racionalidade

Em primeiro lugar, Washington deve retornar à racionalidade em como vê o desenvolvimento da China.

A causa-raiz para a espiral descendente das relações entre China e EUA são as percepções equivocadas de Washington em relação à China, que resultaram em políticas equivocadas em relação à China.

Quer Washington esteja disposta a aceitar ou não, o desenvolvimento e a revitalização da China são uma tendência inevitável. Os chineses, assim como os estadunidenses, têm o direito de buscar uma vida melhor. Os interesses comuns dos dois países devem ser valorizados, e o sucesso de cada um é uma oportunidade, não uma ameaça um ao outro.

Washington deve evitar ver suas relações com a China através da lente da competição, o que não representa a tendência dos tempos, e ainda menos pode resolver os próprios problemas da América ou os desafios enfrentados pelo mundo.

Como o presidente chinês Xi Jinping disse em sua reunião com Blinken, a China respeita os interesses dos EUA e não busca desafiar ou substituir os Estados Unidos, e da mesma forma, os Estados Unidos precisam respeitar a China e não prejudicar os legítimos direitos e interesses da China.

"Nenhuma das partes deve tentar moldar a outra à sua própria vontade, e muito menos privar a outra de seu direito legítimo ao desenvolvimento", afirmou Xi Jinping.

Segundo, responsabilidade

Como as duas maiores economias do mundo, os Estados Unidos e a China devem lidar com as relações de forma responsável, que sirva aos interesses fundamentais dos dois povos e atenda às expectativas compartilhadas da comunidade internacional.

O mundo precisa de um relacionamento estável e sólido entre China e EUA. Se os dois países conseguem encontrar a maneira correta de conviver, isso terá repercussões no futuro e no destino da humanidade. As atitudes hegemônicas de Washington de conter a China têm despertado crescentes preocupações ao redor do mundo.

O mundo não quer ver conflito ou confrontação entre a China e os Estados Unidos, nem escolher lados entre eles. Espera-se que os dois países possam coexistir em paz e ter relações amigáveis e cooperativas.

Ambos os países devem agir com um senso de responsabilidade pela história, pelo povo e pelo mundo, e lidar adequadamente com as relações bilaterais.

Terceiro, resultados

Por último, mas não menos importante, resultados são o mais importante. É necessário que as promessas e palavras de Washington gerem resultados.

Washington precisa reconhecer o fato de que falar por falar fará pouco para remover os obstáculos no caminho de um relacionamento saudável. Também deve estar ciente de que Pequim não comprará sua estratégia ambígua de buscar cooperação e comunicação enquanto contém a China em nome da "competição".

Atualmente, a tarefa crucial é seguir os princípios de respeito mútuo, convivência pacífica e cooperação ganha-ganha, e traduzir as declarações positivas em ações.

Especificamente, Washington deve parar de exagerar a chamada "ameaça da China", suspender sanções unilaterais ilegais contra a China, parar de reprimir os avanços científicos e tecnológicos da China e não interferir arbitrariamente nos assuntos internos da China.

Em uma entrevista recente à mídia, o ex-Secretário de Estado dos EUA Henry Kissinger expressou preocupações sobre as atuais relações China-EUA. Ele alertou que a política externa dos EUA deve equilibrar os interesses americanos e estrangeiros, caso contrário, a nação "se tornará isolada".

Com informações da Xinhua