A China respondeu ao discurso do Estado da União proferido pelo presidente dos EUA, Joe Biden, nesta terça-feira (7). Anualmente, o chefe do Executivo estadunidense faz um balanço do governo e apresenta planos para o Congresso Nacional do país.
Na fala, Biden afirmou que Washington busca "competição, não conflito", e que os investimentos dos EUA em alianças, tecnologias militares e avançadas significam que o país está em posição mais forte em décadas para competir com a China e defender seus interesses.
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Em resposta aos comentários de Biden, o governo chinês reagiu que não se esquiva ou teme a concorrência, mas se opõe a definir toda a aliança sino-estadunidense em relações de competição.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, afirmou que a China sempre acreditou que as relações sino-estadunidenses não são um jogo de soma zero em que um ganha e o outro perde.
"Os sucessos da China e dos EUA representam oportunidades em vez de desafios um para o outro e toda a Terra pode apoiar totalmente o desenvolvimento e a prosperidade comum da China e dos EUA."
Porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning
Mao acrescentou que a China se opõe à difamação em nome da concorrência e à restrição aos direitos legítimos para o desenvolvimento do país que é feita às custas das cadeias industriais e de suprimentos globais, o que não é o que uma grande potência responsável deveria fazer.
No discurso, Biden também abordou o episódio no qual um balão meteorológico civil chinês desviou da rota planejada para o espaço aéreo dos EUA. O presidente estadunidense afirmou que o aparato era uma ameaça à soberania de Washington e que foi derrubado para proteger o país.
A porta-voz esclareceu que depois que a China foi informada sobre a entrada do dirigível chinês em espaço dos EUA, o diretor do Gabinete da Comissão de Relações Exteriores do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh), Wang Yi, conversou por telefone com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken.
Durante o telefonema, Wang exortou o lado dos EUA a lidar com a situação inesperada de "maneira fria e profissional", enquanto os EUA abateram o dirigível não tripulado, desconsiderando as repetidas alegações da China de que a entrada acidental é um caso de força maior e não representa ameaça ao pessoal dos EUA ou segurança nacional.
Mao observou ainda que uma relação sino-estadunidense sólida e estável relacionamento serve aos interesses fundamentais dos dois povos e é também a aspiração compartilhada da comunidade internacional.
"Os EUA devem ter uma compreensão objetiva e racional da China, buscar uma política positiva e pragmática e trabalhar para trazer as relações China-EUA de volta ao caminho do desenvolvimento sólido e estável", finalizou Mao.
China é maior destino de exportações de 19 unidades da Federação do entes federativos do Brasil
Todas as regiões e entes federativos do Brasil têm oportunidades para diversificar as exportações para a China. A conclusão está no estudo “Exportações dos Estados Brasileiros para a China: Cenário Atual e Perspectivas para Diversificação”, lançado pelo Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC) nesta terça-feira (7).
O trabalho apresenta uma análise original dos embarques brasileiros para a China, com foco nos fluxos do Brasil como um todo, de suas regiões e de cada estado da Federação. De autoria do especialista em comércio internacional Fabrizio Panzini, o estudo traz uma análise original dos embarques brasileiros para a China, com foco nos fluxos do Brasil como um todo, de suas regiões e de cada estado da Federação.
"A China tornou-se o parceiro comercial mais importante do Brasil e da grande maioria das unidades federativas do país nos últimos anos. Porém, a elevação do peso da China como destino das vendas ao exterior ocorreu em conjunto com o aumento da concentração dessas exportações em alguns poucos produtos."
Exportações dos Estados Brasileiros para a China: Cenário Atual e Perspectivas para Diversificação - CEBC
Entre as conclusões do levantamento está que a desconcentração das exportações, seja para todo o Brasil ou para grande parte dos estados, é desafio permanente na relação com o parceiro asiático. O estudo apresenta uma lista de 216 produtos com potencial de ampliação das vendas para o país asiático nos próximos anos.
As principais oportunidades estão em setores que já dominam a atual pauta de exportação para China, como sementes oleaginosas, minérios e combustíveis. Há ainda uma série de outros setores com um número importante de bens a serem explorados para diversificação, como: peles e couros; carnes; ferro fundido, ferro e aço; pedras e gessos; produtos químicos orgânicos; madeira e obras de madeira e máquinas e equipamentos.
O estudo aponta que a variação das exportações para a China até 2030 dos produtos identificados como oportunidades seria de 76,2%, saindo de US$ 58,9 bilhões, na média anual de 2017-2020, para US$ 103,4 bilhões. Ou seja, o país expandiria suas vendas em US$ 44,5 bilhões ao país asiático apenas para o universo de produtos considerados como oportunidades mais evidentes.
O estudo conta ainda com o Perfil dos Estados, que mostra a evolução das exportações de cada ente federativo para a China e todos os produtos que se colocam como oportunidade de diversificação.
Equipe de resgate chinesa chega à Turquia para trabalho de socorro após terremoto
Uma equipe de 82 membros enviada pelo governo chinês chegou à Turquia nesta quarta-feira (8) para ajudar o país atingido pelo terremoto em operações de busca e resgate.
A equipe é composta por funcionários do Corpo de Bombeiros e Resgate de Pequim, do Serviço Nacional de Apoio à Resposta a Terremotos e do Hospital Geral de Emergências de Pequim. Também foram enviados equipamentos e suprimentos de resgate.
A equipe de resgate iniciará imediatamente o trabalho de descarregamento e transferência de suprimentos. Vai ainda coordenar com o governo local, a embaixada chinesa na Turquia e as agências relevantes da Organização das Nações Unidas (ONU). Também vai realizar a missão de busca e resgate com base na situação atual e montar acampamento em um local seguro e adequado
Astronautas da Shenzhou-15 da China vão fazer a primeira caminhada espacial nos próximos dias
Os astronautas da Shenzhou-15 da China vão realizar atividades extraveiculares (EVAs) pela primeira vez nos próximos dias. O anúncio foi feito pela Agência Espacial Tripulada da China.
A tripulação está na Estação Espacial da China desde 30 de novembro de 2022. Ao longo dessa estada, os taikonautas completaram a rotação com a tripulação do Shenzhou-14 em órbita, destravaram e testaram os gabinetes de experimentos científicos e descarregaram as cargas úteis do aplicativo.
Além disso, os taikonautas também realizaram inspeções de equipamentos e preparação para atividades extraveiculares (EVAs). A tripulação ainda realizou exames médicos em órbita, uma série de experimentos para ciência espacial e exercícios em um ambiente de microgravidade.
A tripulação do Shenzhou-15 está em boas condições e a estação espacial opera de forma estável, pronta para realizar EVAs, o primeiro para a tripulação.
China começa a desenvolver novos satélites meteorológicos da série FY-3
A China começou a desenvolver novos satélites meteorológicos da série Fengyun-3 (FY-3). O anúncio foi feito pela Corporação de Ciência e Tecnologia Aeroespacial da China (CASC, da sigla em inglês) nesta terça-feira (7). O plano é concluir concluir o lançamento dos satélites FY-3F e FY-3G e o desenvolvimento de outros três satélites em pesquisa em 2023.
Com informações da Xinhua, China Daily e CGTN