A China continental registrou 59.938 mortes relacionadas à Covid-19 em hospitais de 8 de dezembro a quinta-feira (12). A informação é da Comissão Nacional de Saúde (NHC, da sigla em inglês) do país e foi divulgada neste sábado (14) após o país otimizar a resposta à pandemia em dezembro.
A chefe do departamento de administração médica da NHC, Jiao Yahui, afirmou que 5.503 mortes foram causadas por insuficiência respiratória induzida pela infecção, e os outros 54.435 casos morreram com doenças preexistentes. A idade média das mortes durante esse período é de 80,3 anos, e mais de 90% delas sofriam de doenças crônicas, informou.
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"O inverno também é a estação de pico para doenças respiratórias e cardiovasculares entre os idosos. Com a disseminação da doença Covid-19, o número de mortes de idosos é relativamente grande e estamos atribuindo maior importância à proteção de pacientes idosos e salvando suas vidas", explicou Jiao.
Jiao comentou que a China estabeleceu uma plataforma de relatórios destinada a coletar e analisar as mortes relacionadas ao Covid-19 de maneira científica e baseada em fatos. A plataforma foi colocada em uso em 31 de dezembro.
Além disso, as instituições médicas de todo o país foram solicitadas a coletar e relatar informações sobre as mortes registradas entre 8 e 29 de dezembro. O número de visitas às clínicas de febre da China atingiu o pico em 23 de dezembro de 2022, anunciou o NHC no sábado. O número totalizou 2,87 milhões naquele dia, segundo Jiao.
Jiao também disse que tanto o número de infecções quanto o número de casos graves já atingiram um ponto de redução. O número de casos graves de Covid-19 atingiu um pico em 5 de janeiro, chegando a 128 mil, que observou ainda que o número caiu para 105 mil em 12 de janeiro e que 75,3% dos leitos para casos graves estavam ocupados.
Ela observou que levou algum tempo para os especialistas analisarem a enorme quantidade de dados para apresentar um relato objetivo e baseado na ciência do número de mortes por Covid-19 no país.
A China conta as mortes com teste de ácido nucleico positivo para Covid-19 como fatalidades relacionadas à doença desde a fase inicial da epidemia, disse Jiao. Os critérios, segundo ela, estão alinhados com os padrões adotados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela maioria dos países.
Não há razão para esconder dados
Mesmo após o governo chinês divulgar o número de mortes na China continental por Covid-19 nas últimas semanas, alguns meios de comunicação ocidentais ainda questionaram os dados divulgados no sábado e afirmam que são subnotificados, pois os dados foram confinados apenas a hospitais.
O epidemiologista chefe do CDC chinês, Wu Zunyou, declarou na semana passada que logo após o início da pandemia em 2020, o centro continuou a analisar o excesso de mortalidade (que foi definido pela OMS como a diferença no número total de mortes em uma crise em comparação aos previstos em condições normais], e publicou os resultados.
Wu observou que o centro também tem feito pesquisas sobre o excesso de mortalidade relacionado à recente onda de saída da China e fornecerá informações ao público posteriormente.
China em contato com a OMS
Também neste sábado, o chefe da NCH, Ma Xiaowei, conversou por telefone com o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, e trocou opiniões sobre as atuais medidas de prevenção e controle da Covid-19 na China.
"A China realizou vários intercâmbios tecnológicos com a OMS e continuará apoiando a organização no esforço global para combater a Covid-19", afirmou Ma a Tedros durante a conversa por telefone.
Ma disse que a China compartilhou informações com a OMS e outros países desde o início da pandemia, foi a primeira a identificar o patógeno e compartilhar a sequência genética e estabeleceu um mecanismo de intercâmbio técnico com a OMS.
Desde que a China tomou a iniciativa de otimizar e ajustar as próprias políticas de prevenção e controle de epidemias à luz da situação atual, os dois lados realizaram muitos intercâmbios técnicos, observou Ma. Ele acrescentou que a China continuará apoiando a OMS na luta contra a Covid-19.
Tedros agradeceu os esforços da China para manter intercâmbios técnicos de longo prazo e compartilhar informações e dados epidêmicos com a OMS. "A OMS agradece esta reunião, bem como a divulgação pública de informações sobre a situação geral", disse a agência com sede em Genebra em um comunicado.
"As autoridades chinesas forneceram informações à OMS e em uma coletiva de imprensa sobre vários tópicos, incluindo ambulatórios, hospitalizações, pacientes que requerem tratamento de emergência e cuidados intensivos e mortes hospitalares relacionadas à infecção por Covid-19", continuou o comunicado.
China compartilha dados com o mundo
A China e a OMS estão em contato próximo desde que as autoridades de saúde chinesas otimizaram no mês passado sua resposta à Covid-19. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, disse na quinta-feira (12) que o país asiático e a organização internacional realizaram cinco intercâmbios técnicos no mês passado.
Recentemente, a OMS pediu repetidamente à China que compartilhasse mais dados sobre a situação da Covid-19 para entender melhor a dinâmica de transmissão do vírus no local.
O chefe do painel de especialistas em resposta à Covid-19 da China sob o NHC, Liang Wannian, informou na quarta-feira (11) que, em vez de se concentrar no número de mortos na China causado pela doença, a prioridade para o mundo é superar o impacto da pandemia. Ele observou que calcular o número específico de mortes causadas pelo Covid-19 é inviável para a maioria dos países e regiões.
Depois que a China rebaixou a gestão da Covid-19 da Classe A para a Classe B, a rede de informações do CDC chinês continuou a servir como o principal pilar de todo o sistema de monitoramento, apoiado por relatórios e dados de vigilância de hospitais, organizações e grupos-chave.
Após otimizar o controle da Covid-19 na China, os casos começaram a se acumular, por isso é difícil obter uma compreensão precisa da taxa de mortalidade durante o pico de infecções. Essa avaliação só pode ser feita após o desaparecimento da infecção, e o estágio atual deve se concentrar na prevenção de casos graves e fatais.
China marca 80º aniversário do movimento pela unidade militar-civil
Um simpósio foi realizado na quinta-feira (12) em Pequim para marcar um movimento iniciado pela liderança do Partido Comunista da China (PCCh) para impulsionar o governo militar e a solidariedade militar-civil há 80 anos.
O membro do Comitê Permanente do Birô Político do Comitê Central do PCCh, Wang Huning, articipou do simpósio
O vice-presidente da Comissão Militar Central (CMC), He Weidong, disse que o movimento desempenhou um papel indispensável em diferentes estágios da revolução, construção e reforma da China.
O movimento, que começou na região fronteiriça de Shaanxi-Gansu-Ningxia há 80 anos, pediu que o exército apoie o governo e valorize o povo e que o governo apoie o exército e dê tratamento preferencial às famílias dos militares.
He, também membro do Birô Político do Comitê Central do PCCh, enfatizou a necessidade de aumentar a solidariedade militar-governo e militar-civil na nova era e reunir a força de todos os civis e militares em torno do Partido, guiados pelos planos no 20º Congresso Nacional do PCCh.
Ele pediu um apoio mais forte para o desenvolvimento e reforma militar, bem como para aumentar a prontidão de combate e a implementação de políticas preferenciais para as famílias do pessoal de serviço.
O vice-presidente da CMC também pediu que as forças armadas participem ativamente e apoiem o desenvolvimento econômico e social e estejam prontas para assumir tarefas urgentes, perigosas e difíceis.
Valor da produção da indústria florestal da China excede 8 trilhões de yuans
O valor total da produção da indústria florestal da China ultrapassou 8 trilhões de yuans (cerca de US$ 1,2 trilhão) em 2022, anunciou a Administração Nacional de Florestas e Pastagens (NFGA, da sigla em inglês) neste sábado (14).
A produção atingiu 8,04 trilhões de yuans, com novas indústrias, como plantas de óleo lenhoso, economia florestal, flores e ecoturismo, o que mostr forte impulso de crescimento.
Em 2022, a China deu pleno uso a três indústrias pilares com um valor de produção anual de mais de um trilhão de yuans: silvicultura econômica, processamento de madeira e bambu e turismo ecológico, com o valor comercial dos produtos florestais atingindo US$ 188,3 bilhões.
A NFGA esclareceu a política de apoio financeiro central ao desenvolvimento do óleo de camélia, que exige a garantia total da procura de terras para a produção de cerca de 1,4 milhões de hectares.
Em 2022, a China plantou um total de cerca de 130 mil hectares de óleo de camélia e transformou cerca de 260 mil hectares de óleo de camélia, com uma produção anual de óleo de camélia que deve ultrapassar um milhão de toneladas.
A China alcançou 3,83 milhões de hectares de florestamento e controlou 3,2 milhões de hectares de plantio de grama em 2022, com sete regiões de nível provincial – Shanxi, Gansu, Mongólia Interior, Hunan, Guangdong, Guangxi e Jiangxi – plantando mais de 66 mil hectares de florestas artificiais, de acordo com o NFGA.
Em 2022, a China organizou e implementou 51 projetos regionais para melhorar sistematicamente florestas e pastagens e lançou o segundo lote de 20 projetos-piloto e de demonstração para reflorestamento.
Além disso, no ano passado, um esquema de chefe florestal foi totalmente estabelecido conforme programado, formando um sistema de cinco níveis de chefes florestais nos níveis provincial, municipal, distrital e de aldeia.
Cerca de 1,2 milhão de chefes florestais em todos os níveis em todo o país estão liderando os esforços contínuos do país para proteger florestas e pastagens.
China lança novo satélite de telecomunicações
A China enviou com sucesso um novo satélite ao espaço a partir do Centro de Lançamento de Satélites de Xichang, na província de Sichuan, no sudoeste da China, na sexta-feira.
O satélite de telecomunicações APSTAR 6E foi lançado por um foguete transportador Long March 2C às 2h10 (horário de Pequim) e entrou em sua órbita planejada com sucesso.
O satélite é usado principalmente para fornecer serviços de comunicação de alto rendimento para a região do Sudeste Asiático.
O lançamento foi a 460ª missão de voo da série de foguetes transportadores Longa Marcha.
Com informações da Xinhua, CGTN, Global Times e China Daily