SIONISMO

Cristofobia: Sionista crucifica pastor por pregar que Jesus é Deus

Homem planejava ainda assassinar outros 13 líderes religiosos que professam a fé cristã

O sionista Adam Cristopher e o Pastor Bill
Cristofobia: Sionista crucifica pastor por pregar que Jesus é Deus.O sionista Adam Cristopher e o Pastor BillCréditos: Reprodução / Redes sociais
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Uma sequência de declarações perturbadoras e um crime com traços ritualísticos colocaram o estado do Arizona no centro de um escândalo de fé, fanatismo e violência religiosa. O acusado: Adam Christopher Sheafe, 51 anos, sionista que confessou à imprensa local ter assassinado e crucificado o pastor Bill Schonemann, de 76 anos, em sua casa na pacata cidade de New River. O crime ocorreu no dia 28 de abril. Mais do que uma execução isolada, o crime fazia parte de um plano nacional chamado por ele de “Operação Primeiro Mandamento”, que previa a morte de ao menos 14 líderes religiosos em 10 estados dos Estados Unidos.

O pastor, conhecido como “Pastor Bill”, era líder da Capela Bíblica de New River e muito respeitado por sua postura tranquila e compassiva. Sua morte chocou a comunidade local e gerou comoção em círculos religiosos do país inteiro.

CRIME COM SIMBOLISMO RELIGIOSO

Segundo a polícia e os próprios relatos do criminoso, Sheafe amarrou o pastor à cama, estendeu seus braços e os pregou à parede, simulando uma crucificação. Após matá-lo, colocou em sua cabeça uma coroa de espinhos feita manualmente com galhos secos do deserto. O cenário cruel e meticulosamente planejado fez com que o xerife do Condado de Maricopa, Jerry Sheridan, classificasse o crime como “um dos casos mais bizarros em 40 anos de serviço”.

“O que vimos aqui não foi apenas um assassinato. Foi um ato carregado de fanatismo religioso, com símbolos claros de punição espiritual. É como se ele estivesse executando um ritual pessoal”, afirmou o xerife em coletiva de imprensa.

Em entrevista concedida de dentro da Cadeia do Condado de Coconino à Fox 10 News, Sheafe deixou claro que não se arrependia. Disse estar “defendendo seu Pai” e justificou o assassinato com base em sua crença pessoal de que a doutrina cristã da Trindade seria uma distorção das Escrituras. “Jesus não é Deus. Só o Pai é Deus. Os pastores estão levando os fiéis ao erro, e minha missão era corrigir isso”, disse ele, com um tom que alternava serenidade e fanatismo.

Ele ainda declarou que pretendia executar padres, pastores e líderes mórmons, todos por disseminarem, segundo ele, a ideia de que Jesus seria divino. “Era para começar em Phoenix e terminar em Phoenix. Dez cidades, 14 pastores”, revelou o acusado, que foi preso nas imediações da Capela da Santa Cruz, em Sedona, onde pretendia matar dois padres.

UMA LISTA DE MORTES E A INDIFERENÇA

Além de já ter executado um assassinato com requintes simbólicos de crueldade, Sheafe disse que estava apenas começando. Durante a entrevista, revelou que vinha planejando a “Operação Primeiro Mandamento” há meses e que tinha alvos mapeados em outros estados. A polícia investiga agora se há cúmplices ou alguma rede de apoio à sua ação.

Quando questionado se havia sido vítima de abusos ou traumas religiosos, ele respondeu com simplicidade perturbadora: “Tive uma infância boa. Minha família é cristã. Não odeio cristãos. Estou apenas eliminando os que ensinam o erro”.

Não bastasse a frieza dos relatos, Sheafe também demonstrou vaidade e prazer em conceder entrevistas, o que tem incomodado autoridades e a própria família da vítima. “Estamos preocupados com sua crescente notoriedade e com a possibilidade de ele ganhar seguidores”, disse a família de Schonemann em nota pública, criticando o espaço dado ao criminoso pela mídia.

O FBI foi acionado para colaborar com as investigações, diante da abrangência do plano de assassinatos. Por enquanto, Sheafe está preso por acusações não relacionadas diretamente à morte de Schonemann e aguarda extradição para o Condado de Maricopa, onde será formalmente acusado por homicídio em primeiro grau.

A FACE DO FANATISMO

A postura desafiadora de Sheafe diante das câmeras tem provocado reações duras. Em editorial publicado por um jornal local, o autor o classificou como “um monstro convencido” e fez um apelo direto à justiça americana para que ele seja condenado à pena máxima. “Vamos acusá-lo, julgá-lo e mandá-lo direto para o inferno”, escreveu o colunista, num tom incomum até mesmo para a imprensa local.

“Não só não tenho remorso”, disse Sheafe. “Se tiver a oportunidade, executarei todos os padres e queimarei todas as igrejas.”

Essas palavras, que pareciam saídas de um roteiro de terror, são agora uma realidade que desafia o sistema penal, a segurança das igrejas e o próprio discurso religioso nos Estados Unidos. O caso deve se arrastar por meses, senão anos, até julgamento. Mas uma coisa é certa: o sorriso frio e a convicção de Sheafe não serão esquecidos tão cedo — nem pela justiça, nem pela sociedade americana.

SIONISMO – O QUE É

O sionismo é um movimento político e ideológico que surgiu no final do século XIX com o objetivo de estabelecer um Estado judeu na Palestina, então parte do Império Otomano. Idealizado principalmente por Theodor Herzl, o sionismo se apresentou como resposta ao antissemitismo europeu, propondo a criação de um lar nacional judeu como forma de proteger os judeus da perseguição. No entanto, essa proposta desconsiderava as populações nativas que habitavam a região da Palestina, majoritariamente árabes e muçulmanos, o que logo deu origem a tensões e conflitos que perduram até hoje.

O avanço sionista se desenvolveu como um projeto colonialista moderno, baseado na ocupação, deslocamento forçado e negação dos direitos do povo palestino. A fundação do Estado de Israel, em 1948, resultou na chamada Nakba (“catástrofe”, em árabe), quando mais de 700 mil palestinos foram expulsos ou fugiram de suas terras diante da violência e da guerra. Desde então, práticas como a expansão de assentamentos, o bloqueio à Faixa de Gaza, a construção de muros e a segregação territorial têm sido denunciadas por organizações internacionais de direitos humanos como formas de apartheid.

O movimento, ao se fundir com o Estado israelense moderno, passou a tratar a crítica política como antissemitismo, o que dificulta o debate legítimo sobre as violações cometidas em nome da segurança e da identidade judaica. Além disso, há uma dissidência interna no próprio judaísmo: muitos judeus ortodoxos e progressistas rejeitam o sionismo por considerá-lo uma distorção política da fé, enquanto movimentos palestinos e internacionais denunciam a instrumentalização religiosa e histórica do sofrimento judeu para justificar práticas de dominação. Assim, o sionismo, mais do que um projeto de retorno à “terra prometida”, tornou-se símbolo de uma disputa violenta por território, identidade e poder, invisibilizando e desumanizando o povo palestino.

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