A primeira-dama do Distrito Federal, Mayara Noronha Rocha, viveu momentos de pânico em Israel após a interceptação de um míssil iraniano enquanto ela e integrantes de sua comitiva caminhavam por uma região próxima à Faixa de Gaza. Em vídeo divulgado nas redes sociais, ela aparece visivelmente abalada e desabafa: “Que isso, gente. Eu quero ir embora. Não quero ficar, não".
Mayara estava acompanhada dos secretários Marco Antônio Costa (Ciência, Tecnologia e Inovação), Rafael Bueno (Agricultura) e Ana Paula Soares Marra (Desenvolvimento Social). Todos participavam de uma agenda institucional no país quando foram surpreendidos por uma sirene de alerta.
Te podría interesar
“Vi que um míssil se chocou com o outro, ao ser interceptado por Israel. Na hora, eu só pensei em correr e me escondi em um bunker”, contou.
Veja vídeo:
Te podría interesar
Evangélica e bolsonarista, Mayara afirmou que a experiência foi espiritualmente marcante: “Foi uma sensação horrorosa estar lá, extremamente pesado e triste".
Brasileiros em bunkers e aeroporto fechado
Enquanto Mayara conseguiu retornar ao Brasil, os demais membros da comitiva permanecem abrigados em bunkers subterrâneos, sem previsão de volta. Eles estavam em Israel para uma feira de tecnologia e segurança no momento em que o Irã lançou uma série de ataques com mísseis, o que levou ao fechamento do espaço aéreo.
Segundo o Itamaraty, o aeroporto internacional de Tel Aviv permanece fechado, e o deslocamento aéreo está temporariamente impossibilitado em Israel, Irã e Iraque.
Governo Lula articula resgate
Diante da escalada do conflito, o governo Lula acionou uma força-tarefa diplomática para garantir o retorno seguro dos brasileiros. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, entrou em contato com o chanceler da Jordânia, Ayman Safadi, para tentar abrir uma rota terrestre de evacuação.
“O ministro das Relações Exteriores manteve contato hoje com seu homólogo da Jordânia, com o objetivo de abrir uma alternativa de evacuação por aquele país, quando as condições de segurança em Israel permitam um deslocamento por terra até a fronteira”, informou o Itamaraty.
Entre os brasileiros retidos estão prefeitos como Álvaro Damião (Belo Horizonte) e Cícero Lucena (João Pessoa), além de representantes do Consórcio Brasil Central. Todos seguem orientações das autoridades locais para permanecerem abrigados até que haja segurança para o deslocamento.
A ministra Gleisi Hoffmann, da Secretaria de Relações Institucionais, conversou com os prefeitos retidos, que relataram estar em segurança, mas ansiosos pelo retorno. Um novo contato entre os representantes brasileiros, autoridades israelenses e membros do governo Lula está previsto para avaliar rotas possíveis de repatriação.