NÚMEROS DA GUERRA

Mortes se multiplicam em Israel e Irã em meio ao confronto; veja balanço

Com bombardeios de ambos os lados, o conflito entre Israel e Irã já deixou centenas de mortos e ameaça escalar ainda mais; EUA e Europa pressionam por contenção

Bombardeios iranianos na cidade de Haifa, em Israel.Créditos: AHMAD GHARABLI / AFP
Escrito en GLOBAL el

O confronto direto entre Israel e Irã já deixou pelo menos 248 mortos nos dois países desde a última sexta-feira (13), configurando o embate mais intenso da história recente entre os dois arqui-inimigos. De um lado, mísseis iranianos atingiram cidades israelenses, matando ao menos 24 pessoas – segundo o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Do outro, bombardeios israelenses mataram 224 pessoas no Irã, segundo dados divulgados por Teerã.

A ofensiva começou com um ataque inédito da aviação israelense a instalações militares e nucleares iranianas, com o objetivo, segundo Tel Aviv, de conter o avanço do programa atômico de Teerã. Desde então, os dois países vêm trocando ataques com mísseis e drones, atingindo inclusive áreas densamente povoadas.

Bombardeios atingem civis e prédios diplomáticos; EUA e Europa reagem

Na madrugada desta segunda-feira (16), novas explosões atingiram o centro de Israel. De acordo com o serviço de emergência Magen David Adom, cinco pessoas morreram e 92 ficaram feridas, incluindo uma mulher de 30 anos em estado grave. Ao todo, 11 mortes foram registradas apenas nas últimas horas, nas cidades de Petakh Tikva, Haifa e Bnei Brak. Edifícios residenciais foram destruídos em Tel Aviv, e até mesmo uma sucursal da embaixada dos Estados Unidos sofreu danos estruturais. A representação diplomática americana em Jerusalém permanecerá fechada por precaução.

Israel, por sua vez, manteve sua campanha de ataques aéreos no Irã pelo quarto dia consecutivo, com foco em instalações da Guarda Revolucionária e silos de mísseis de médio alcance. Autoridades israelenses anunciaram a morte de diversos altos comandantes iranianos, entre eles o chefe das Forças Aéreas da Guarda Revolucionária, o chefe do Estado-Maior Mohammad Bagheri e o chefe da inteligência da Guarda, Mohammad Kasemi. O governo de Teerã confirmou os óbitos.

Escalada preocupa líderes globais e ameaça estabilidade regional

A escalada inédita preocupa a comunidade internacional. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu publicamente um acordo entre as partes, mas não descartou envolvimento americano direto. “Acho que é hora de um acordo, mas às vezes eles precisam se enfrentar. Vamos ver o que acontece”, declarou Trump, antes de partir para o G7 no Canadá.

A Alemanha, por sua vez, condenou os ataques iranianos a civis israelenses e afirmou estar se preparando para possíveis retaliações contra alvos judeus em solo europeu. Já o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã cobrou França, Alemanha e Reino Unido por não condenarem os ataques israelenses, especialmente o que atingiu a instalação nuclear de Natanz.

Internamente, o Irã abriu escolas, mesquitas e estações de metrô como abrigos emergenciais, diante da ameaça de novos bombardeios. O trânsito nas saídas da capital Teerã aumentou consideravelmente, com milhares tentando deixar a cidade.

O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, ameaçou diretamente a população da capital iraniana: “Os residentes de Teerã pagarão o preço, e em breve”. A retórica belicista reforça os temores de que o confronto se transforme em uma guerra prolongada, com potencial de arrastar toda a região.

*Com informações da AFP

Reporte Error
Comunicar erro Encontrou um erro na matéria? Ajude-nos a melhorar