AGENDA INTERNACIONAL

Lula embarca para a Cúpula do G7 no Canadá em momento de tensão global

Encontro com líderes mundiais acontece em meio ao genocídio na Faixa de Gaza, ataques entre Israel e Irã e guerra Rússia-Ucrânia

Lula Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos em Nice, na França.Créditos: Ricardo Stuckert
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarca nesta segunda-feira (16) para o Canadá, onde participará, na terça (17), da Cúpula do G7, que ocorre na região de Kananaskis, na província de Alberta. É a nona vez que Lula participa da reunião das sete maiores potências econômicas do planeta, desta vez como convidado para o segmento de engajamento externo do evento.

O convite partiu do governo canadense, anfitrião da cúpula. Além do Brasil, também foram convidados África do Sul, Austrália, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos, Índia e México, além de dirigentes de organismos internacionais como ONU, Banco Mundial, Comissão Europeia e Conselho da União Europeia.

Cúpula do G7 ocorre em meio a tensão global com guerras 

Apesar de o tema principal com Lula ser segurança energética e cadeias de minerais críticos, a participação brasileira ocorre em um cenário geopolítico tenso. A guerra entre Rússia e Ucrânia segue sem perspectiva de paz. Já o massacre de palestinos que Israel promove em Gaza é descrito frequentemente por Lula não como uma guerra, mas como um genocídio contra civis, especialmente mulheres e crianças.

Além disso, os recentes ataques de Israel contra o Irã e a resposta iraniana alimentam o risco de um conflito armado de grandes proporções, com possíveis desdobramentos no envolvimento militar ocidental. O mundo acompanha com preocupação a escalada, e a reunião do G7 ocorre sob essa crescente tensão internacional.

Clima, florestas e a COP 30 entram em pauta

Outro ponto importante da presença de Lula no G7 é o clima. O encontro, que marca os 50 anos de existência do grupo, pretende discutir tecnologia, inovação, infraestrutura, investimentos e preservação de florestas, além da prevenção de incêndios. Esses temas estão diretamente ligados à COP 30, que será realizada no Brasil, em Belém, em 2025.

“A participação do presidente Lula na reunião do G7 é muito importante, porque nós teremos a COP 30 no Brasil. É uma oportunidade para que o presidente possa falar da organização da COP 30 e convidar os outros líderes para que venham ao Brasil. E o tema principal de discussão do G7 tem uma ligação direta com o que será tratado na conferência em Belém”, afirmou o secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Mauricio Lyrio.

Reuniões bilaterais e almoço de trabalho no G7

A agenda oficial de Lula começa já na segunda-feira (16), com uma recepção às 17h30 (horário local) oferecida pela premiê de Alberta, Danielle Smith, e, em seguida, um jantar oficial promovido pela governadora-geral do Canadá, Mary Simon, em Calgary.

Na terça-feira (17), Lula participa da recepção oficial, da foto dos líderes do G7 com os países convidados e, depois, de reuniões bilaterais – incluindo um encontro confirmado com o primeiro-ministro canadense Mark Carney.

Em seguida, o presidente brasileiro participa da sessão de engajamento externo, um almoço de trabalho com 17 países. O tema será: “O futuro da segurança energética: diversificação, tecnologia e investimentos para assegurar acesso e sustentabilidade em um mundo dinâmico”. O encerramento está previsto para as 15h30 (horário local).

*Com informações da Agência Gov

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