O Irã executou por enforcamento um homem acusado de colaborar com a agência de espionagem de Israel, o Mossad.
Esmail Fekri foi morto depois que a Suprema Corte do país confirmou a sentença de um tribunal inferior.
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De acordo com o Teerã Times, Fekri foi preso originalmente em dezembro de 2023, agia por dinheiro e provas de seu envolvimento com o Mossad teriam sido encontradas em aparelhos eletrônicos.
O homem foi condenado pela Lei para Confrontar as Ações do Regime Sionista contra a Paz e a Segurança.
Depois de uma onda de sabotagens, que acompanhou o ataque de Israel na sexta-feira passada, autoridades iranianas dizem ter detido 28 agentes a serviço de Israel, 200 quilos de explosivos e 23 drones.
Os ataques incluiram a explosão de cinco carros-bomba em Teerã, de acordo com fontes oficiais.
Os ataques de Israel que mataram várias lideranças militares e cientistas nucleares do Irã demonstram profunda penetração israelense no aparato de segurança iraniano.
Expõem também que Israel montou um plano para derrubar o regime iraniano bem antes de atacar na semana passada.
O governo xiita ascendeu em 1979 no bojo da revolução islâmica comandada pelo aiatolá Khomeini.
O regime enfrenta considerável oposição interna no Irã, estimulada por uma rede de 300 canais em persa baseada nos Estados Unidos e no Reino Unido.
Drones e mísseis portáteis
Israel estabeleceu bases de drones em território iraniano e infiltrou no país mísseis portáteis Spike, que podem ser utilizados para atacar blindados ou baterias anti-aéreas.
O chefe da inteligência do Irã, general-brigadeiro Mohammad Kazemi, foi um dos assassinados por Israel.
O governo iraniano diz que já derrubou dez aeronaves de Israel, inclusive quatro caças de última geração, os F-35 de fabricação estadunidense. Não é possível confirmar estas informações de forma independente.
Em Teerã, a mídia oficial saudou um encontro realizado no principal templo do zoroastrismo, que já foi a religião oficial do país.
Representantes de minorias religiosas e étnicas se reuniram no templo de Adrian para repudiar os ataques de Israel, dentre eles líderes assírios e de cristãos armênios.
O Irã enfrenta uma série de movimentos separatistas. Um dos mais significativos é no chamado Baluchistão, que o Irã compartilha com o Paquistão.
Por enquanto, não há sinal de oposição interna significativa ao governo do presidente Masoud Pezeshkian, que tem o aiatolá Khamenei como líder espiritual.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse numa entrevista a uma emissora dos EUA que matar Khamenei acabaria com o conflito.