ELEIÇÕES

Carlos Bolsonaro rompe silêncio sobre possível candidatura ao Senado por SC

Vereador do Rio de Janeiro se pronunciou após especulações apontarem que ele pode disputar um cargo legislativo fora do Rio de Janeiro

Carlos Bolsonaro rompe silêncio sobre possível candidatura ao Senado por SC.Créditos: Charles Sholl/Brazil Photo Press/Folhapress
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O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) publicou neste domingo (15), em seu perfil na rede social X, um texto em resposta às especulações que apontam seu nome como possível candidato ao Senado pelo estado de Santa Catarina.

Com seu estilo característico, Carlos Bolsonaro afirmou: "Tenho orgulho de cada votação em plenário, dos projetos que consegui barrar, das propostas que consegui aprovar em interesse do povo carioca, de cada dia de gabinete e, sobretudo, do fato de jamais ter pedido cargo, favor ou privilégio a quem quer que fosse; o mandato, para mim, sempre foi instrumento de serviço, não moeda de barganha. Sempre busquei trabalhar por algo maior do que eu, visando o melhor interesse do país."

Na sequência, o vereador também relembrou sua atuação na campanha presidencial do pai, Jair Bolsonaro, em 2018: "Com muita humildade, reconheço que participei do esforço que levou meu pai, Jair Bolsonaro, à Presidência da República e abriu o caminho para que muitos se tornassem deputados, senadores e até governadores. Quando iniciei o trabalho nas redes do meu pai, não tínhamos nem cinco deputados comprometidos com nossas bandeiras e valores no Parlamento. Hoje, temos o suficiente para ocupar alguns dos principais partidos do país."

Ao final do texto, Carlos Bolsonaro confirma que deve disputar um cargo legislativo fora do Rio de Janeiro, mas sem revelar qual. Ele trata a possível candidatura como uma missão:

"Hoje, quase por convocação, considero a possibilidade de atender ao chamado de disputar outro cargo no RJ ou em estado em que puder ser mais útil ao projeto de libertar o Brasil, sem jamais mudar minha essência. Encaro essa missão com a mesma humildade e com a bagagem de quem está há um quarto de século lutando pelo que é certo. Se concretizar essa mudança, levarei comigo a experiência conquistada na Câmara do Rio e aprendida observando meu pai para trabalhar pela região que irá me receber — e por todo o Brasil —, certo de que valores não mudam com o CEP, mas ganham força quando encontram novas frentes para florescer."

O plano de Jair Bolsonaro para o filho Carlos: candidato ao Senad
 


 

Visando chegar a uma maioria no Senado para poder viabilizar processos de impeachment contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente Jair Bolsonaro pretende lançar seu filho Carlos, atualmente vereador na cidade do Rio de Janeiro, como candidato para a chamada Câmara alta. Mas em outro estado.

Outro filho de Bolsonaro, Flávio, já é senador pelo Rio e será candidato à reeleição. O estado é o único da federação que tem três senadores do PL: além do filho do ex-presidente, Carlos Portinho, suplente que assumiu o cargo após a morte de Arolde de Oliveira, em 2020, e o ex-jogador Romário, que estará no meio do mandato em 2026. Portinho pode ser candidato à reeleição ou ceder a vaga para o atual governador Cláudio Castro (PL).

Assim, Carlos Bolsonaro seria candidato ao Senado por outro estado. Segundo a colunista Bela Megale, de O Globo, o destino de "Carluxo" poderia ser Santa Catarina. Ali, outro dos filhos do ex-presidente, Jari Renan, já é vereador por Balneário Camboriú.

Disputa pelo Senado em SC

Hoje, a disputa por uma ou duas vagas do grupo bolsonarista no estado é acirrada. As deputadas federais Júlia Zanatta e Caroline de Toni, ambas do PL, pleiteiam uma vaga, mas o governador Jorginho Mello pretende ceder uma das duas vagas para outro partido, a fim de consolidar uma aliança que aumentaria suas chances de reeleição.

Outros dois nomes poderiam compor a chapa de candidatos ao Senado do grupo: o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), que hoje aparece nas pesquisas como um dos adversários mais fortes de Jorginho Mello na disputa pelo governo de SC, e o prefeito de Florianópolis, Topázio Neto, também do PSD.

Não é descartada também uma composição com o PP, já que o atual senador do partido, Espiridião Amin, deve ser candidato à reeleição.

Xadrez político

A possível entrada de Carlos Bolsonaro na disputa embaralha ainda mais as cartas do PL catarinense, já que ninguém teria condições de contestar uma indicação do ex-presidente.

Em Santa Catarina, Bolsonaro teve 69,27% dos votos válidos, contra 30,73% do presidente Lula no segundo turno de 2022. Mello teve 70,69% contra 29,31% do petista Décio Lima, que deve concorrer ao Senado no ano que vem.

Outra possibilidade para Carlos é se candidatar por São Paulo, caso haja algum impedimento para seu irmão, o atual deputado federal e pré-candidato ao Senado Eduardo Bolsonaro (PL).

 

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