Não é segredo que o Papa Francisco era apaixonado por futebol e sempre que podia enaltecia seu time de coração, o San Lorenzo, da Argentina. O clube, inclusive, prestou homenagem emocionante após a morte do pontífice.
Ao contrário de Francisco, o cardeal nascido em Chicago, nos Estados Unidos, Robert Francis Prevost, não tem o futebol como esporte favorito. Ele foi escolhido, nesta quinta-feira (8), como o próximo líder da Igreja Católica.
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Prevost, que adotou o nome Leão XIV, é fã de outra modalidade. “Me considero um grande aficionado por tênis. Mas desde que deixei o Peru tive poucas ocasiões de jogar. Então, espero voltar às quadras em algum momento”, declarou o cardeal, em afirmação repercutida pelo jornal argentino La Nación e pelo site Pillar Catholic.
A escolha
O cardeal Robert Francis Prevost, de 69 anos, foi eleito Papa no segundo dia de conclave e adotou o nome de Leão XIV. Milhares de pessoas, desde o momento em que a fumaça branca passou a sair da chaminé da Capela Sistina, no Vaticano, precisamente às 18h09 no horário local (13h09 no horário de Brasília), seguiram em massa pelas ruas de Roma em direção à Santa Sé.
O nome escolhido pelo cardeal Prevost, Leão XIV, foi visto amplamente por vaticanistas como uma sinalização de um pontificado progressista, ou mais “à esquerda”, como alguns preferem, e muito alinhado ao do Papa Francisco.
O Papa com o mesmo nome anterior, Leão XIII, foi um pontífice do final do século XIX que fundou a chamada Doutrina Social da Igreja, uma corrente que privilegia e dá atenção às questões sociais, sobretudo à desigualdade e aos direitos dos trabalhadores.
Para reforçar essa interpretação, Prevost, como sacerdote, seja como padre, bispo ou cardeal, foi um prelado que atuou em prol dos menos favorecidos, vivendo por anos no Peru, junto às comunidades mais necessitadas, tendo também já cobrado desculpas do ditador reacionário local Alberto Fujimori, que cometeu crimes contra a humanidade durante o regime que dirigiu no país andino, entre 1990 e 2000.
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