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A essa altura do campeonato, o mundo todo já conhece o novo líder da Igreja Católica: Papa Leão XIV, nome escolhido pelo cardeal Robert Prevost, de origem estadunidense, com atuação no Peru e uma longa trajetória em defesa da classe trabalhadora.
Mas o que interessa pra nós é a correlação com o filme Conclave (2024), escrito e dirigido por Edward Berger — que, convenhamos, foi um dos maiores injustiçados do Oscar 2025.
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Como o próprio nome indica, em Conclave acompanhamos a eleição do novo líder da Igreja Católica. Até certo ponto, tudo caminha para a escolha de um representante ultraconservador, que resgataria as raízes mais rígidas da instituição.
No entanto, em determinado momento do filme, surge o cardeal Benítez (Carlos Diehz), de origem mexicana, que atuou em regiões dominadas pelo fundamentalismo religioso. Benítez era um protegido do papa falecido.
A entrada de Benítez muda completamente o rumo do conclave. Durante um debate sobre qual deve ser o papel da Igreja Católica em tempos de guerra e suspensão dos direitos civis, ele destaca o caráter solidário e amoroso do catolicismo — o que acaba por conduzi-lo ao papado.
Mas o impacto não para por aí. No dia de sua apresentação ao mundo, é revelado que Benítez é intersexo. Diante da novidade, os cardeais decidem que é hora de a Igreja dar esse passo.
O mais importante na intersexualidade do papa de Conclave não é sua condição de gênero em si, mas o simbolismo que carrega: a necessidade de uma Igreja Católica que reencontre seu caminho ao lado dos oprimidos — e não dos poderosos.
Nesse sentido, o filme Conclave basicamente previu a eleição de Prevost: um cardeal progressista, com histórico de apoio à luta dos trabalhadores, que, durante sua apresentação, falou em espanhol — e não em inglês, sua língua nativa — o que diz muito sobre sua trajetória.
Além disso, Prevost, assim como o papa do filme Conclave, possui um histórico de críticas às tiranias — entre elas, a de Donald Trump, tanto durante sua gestão em 2016 quanto agora.
Agora é esperar para ver se, de fato, Prevost — o Papa Leão XIV — vai dar continuidade ao trabalho de Bergoglio.