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Relatório da inteligência dos EUA revela temores com os BRICS

Documento mostra as principais preocupações de Trump com o Sul Global

Relatório da inteligência dos EUA mostra preocupações de Trump
Relatório da inteligência dos EUA mostra preocupações de TrumpCréditos: Official White House Photo by Daniel Torok
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Um relatório de inteligência publicado pelo governo dos EUA no último dia 18 de março revelou que os BRICS são uma grande pedra no sapato de Washington.

A entidade, liderada por Tulsi Gabbard, reune relatórios de todas as Forças Armadas dos EUA, mais o FBI, a NSA, a CIA, e outras agências de inteligência econômica, territorial e energética.

Em sua publicação anual deste ano, a primeira sob a gestão Trump, a questão dos BRICS foi colocada como uma importante peça no xadrez internacional.

Em especial, observada como uma ferramenta da Rússia para driblar as sanções econômicas e seguir avançando na Guerra da Ucrânia, o que foi prontamente reconhecido pela comunidade de inteligência dos EUA.

"As tensões político-militares resultantes, intensificadas e prolongadas, entre Moscou e Washington, juntamente com a crescente confiança da Rússia em sua superioridade no campo de batalha e em sua base industrial de defesa, e o aumento do risco de guerra nuclear, criam urgência e complicações para os esforços dos EUA para encerrar a guerra de forma aceitável", afirma o relatório.

Além disso, a desdolarização é nominalmente citada pelo relatório — o único momento em que o Brasil é mencionado no documento — como arma russa para escapar das armas das sanções.

"Moscou está cada vez mais disposta a ser o 'estraga-prazeres' em fóruns centrados no Ocidente, como a ONU, além de usar organizações não ocidentais como o grupo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (BRICS) para pressionar políticas como a desdolarização", diz o documento.

"A Rússia busca alinhar ainda mais seus esforços de C&T com a China e os aliados do BRICS em áreas como desenvolvimento e governança de IA e produção de semicondutores para avançar suas próprias capacidades e diminuir amplamente a influência ocidental", completou.

O relatório está disponível na internet. 

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