Parlamentares epublicanos dos EUA apresentaram nesta semana um projeto de lei para retirar o país das Nações Unidas (ONU), acusando a organização de não priorizar os interesses americanos.
Batizada de "Lei de Desengajamento Total do Debate das Nações Unidas" (DETUNED, na sigla em inglês), a proposta visa encerrar a participação dos EUA na ONU e em suas agências, além de cortar todo o financiamento ao organismo internacional.
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No início do mandato, o presidente dos EUA Donald Trump anunciou a retirada do país da Organização Mundial da Saúde (OMS), ligada à ONU.
A proposta é do senador Mike Lee (republicano de Utah) e coassinada pela senadora Marsha Blackburn (republicana do Tennessee), a iniciativa já tem versão na Câmara, apresentada pelo deputado Chip Roy (Texas).
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"As Nações Unidas se transformaram em uma plataforma para tiranos e um local para atacar a América e seus aliados", disse o autor da proposta à Fox. "Deveríamos parar de pagar por isso. À medida que o presidente Trump revoluciona nossa política externa ao colocar a América em primeiro lugar, deveríamos nos retirar dessa organização falsa e priorizar alianças reais que mantenham nosso país seguro e próspera", afirmou.
Essa não é a primeira vez que alguém propõe a saída dos EUA da ONU. Em 1958, a Sociedade John Birch, uma das históricas entidades anticomunistas e macarthistas dos EUA, já entoava "Tire os EUA da ONU e a ONU dos EUA". Em 2021, o Partido Republicano no Alabama oficializou a defesa da proposta.
Questionado sobre o tema, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou neste domingo (23) que é preciso "aguardar para ver se a iniciativa é séria", citando divisões internas entre os republicanos. "Não há substituto para a ONU hoje. É impossível imaginar que russos, americanos ou europeus concordem em criar uma nova organização", destacou.