O presidente dos EUA, Donald Trump, revelou nesta terça-feira (12) que conversou com Vladimir Putin, o mandatário da Rússia, e que ele concordou em iniciar "imediatamente" as negociações para colocar um fim na guerra contra a Ucrânia.
Trump classificou a conversa com Putin como "altamente produtiva". "Acabei de ter uma longa e altamente produtiva conversa telefônica com o presidente Vladimir Putin, da Rússia. Cada um de nós falou sobre as forças de nossas respectivas nações e os grandes benefícios que, um dia, teremos ao trabalhar juntos. Mas primeiro, como ambos concordamos, queremos parar os milhões de mortes que estão acontecendo na guerra entre Rússia e Ucrânia. O presidente Putin até usou meu forte lema de campanha: 'SENSO COMUM'. Concordamos que nossas equipes iniciarão negociações imediatamente e começaremos ligando para o presidente Zelensky, da Ucrânia, para informá-lo sobre a conversa — algo que farei agora mesmo", declarou Trump.
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Por sua vez, o Kremlin revelou que Vladimir Putin convidou Trump para ir a Moscou discutir os termos do tratado sobre o fim da guerra com a Ucrânia. "O presidente russo convidou o presidente dos EUA para visitar Moscou e expressou a sua prontidão em receber autoridades americanas na Rússia nas áreas de interesse mútuo, incluindo, é claro, o tópico de um acordo em relação à Ucrânia", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, também conversou com Trump. "Ninguém quer a paz mais do que a Ucrânia. Junto com os EUA, estamos mapeando nossos próximos passos para deter a agressão russa e garantir uma paz duradoura e confiável. Como disse o presidente Trump, vamos fazer isso", declarou Zelensky.
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Zelensky sugere troca de territórios com a Rússia e recebe resposta dura
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que aceita negociar com a Rússia uma proposta de paz para o conflito na Ucrânia.
Contudo, a proposta feita por Kiev foi rejeitada prontamente pelas autoridades russas. Ele afirmou que aceitaria realizar uma troca de territórios a partir da pequena região russa que segue sob controle de Kiev na província de Kursk.
Atualmente, a Rússia controla cerca de 20% do território ucraniano. Isso inclui a integralidade da península da Crimeia, além da quase totalidade das províncias de Luhansk e Donetsk, e da maioria dos territórios de Zaporizhia e Kherson.
A Ucrânia, por outro lado, tem o controle da cidade de Sudzha, onde habitam cerca de 5 mil pessoas. A ideia de Zelensky é trocar Kursk por outros territórios da Ucrânia.
"Trocaremos um território por outro", disse Zelensky em entrevista ao periódico britânico The Guardian. O presidente ucraniano também admitiu que não sabe quais territórios pediria em troca, porque todas as regiões ucranianas "são importantes" e "não há prioridade".
A resposta do Kremlin foi clara. "Não é possível", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov. "A Rússia nunca discutiu e não discutirá a questão da troca de seu território e, é claro, as unidades ucranianas serão expulsas desse território", completou.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, afirmou que a única terra que os ucranianos receberão em Kursk será a suficiente para seus túmulos.
Simultaneamente, o governo dos EUA de Donald Trump tem negociado um processo de paz entre Ucrânia e Rússia. A Casa Branca afirmou, inclusive, que a Ucrânia pode se tornar parte da Rússia e que deseja 500 milhões de dólares em minerais do solo ucraniano para reverter seus investimentos na defesa de Kiev.