ENDURECEU O DISCURSO

Lula peita Trump por tarifa do aço e dispara: "Vamos taxar os produtos deles"

Presidente afirma que não quer guerra comercial, mas fala até mesmo em denúncia junto à OMC caso não haja negociação com o mandatário dos EUA

Lula em entrevista à Rádio Clube do Pará.Créditos: Ricardo Stuckert
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apesar de declarações cautelosas de seus ministros sobre o tarifaço imposto por Donald Trump às importações de aço nos Estados Unidos, que atingirá em cheio o Brasil, decidiu endurecer o discurso e prometeu "reciprocidade" caso não haja negociação. 

Trump impôs tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e 10% sobre as de alumínio, sem exceções ou isenções. A medida, que entra em vigor em 12 de março, afeta diretamente o Brasil, segundo maior exportador de aço para os EUA em 2024, com 4,5 milhões de toneladas, segundo dados do American Iron and Steel Institute. 

Em entrevista à Rádio Clube do Pará, nesta sexta-feira (14), Lula, ao ser questionado sobre o assunto, subiu o tom e prometeu taxar os produtos dos EUA que são exportados ao Brasil caso a taxação de Trump se concretize. O mandatário reforçou que não quer guerra comercial e busca o diálogo, mas deixou em aberto até mesmo a possibilidade de entrar com uma denúncia junto à Organização Mundial do Comércio (OMC). 

“Agora ouvi dizer que vai taxar o aço brasileiro. Se taxar o aço brasileiro, nós vamos reagir comercialmente ou vamos denunciar na Organização do Comércio ou vamos taxar os produtos que a gente importa deles. A relação do Brasil com os EUA é uma relação muito igualitária (...) Se tiver alguma atitude contra o Brasil, haverá reciprocidade”, declarou Lula. 

O presidente , contudo, ponderou que "não quer guerra com ninguém", mas reafirmou que agirá de forma recíproca com Donald Trump se não houver alternativas. 

“Ora, se o Trump tiver esse comportamento com o Brasil, eu terei esse comportamento com os Estados Unidos. Sinceramente, não vejo nenhuma razão para o Brasil procurar contencioso com quem não precisa. Agora, se tiver alguma atitude com o Brasil, haverá reciprocidade", pontuou. 

Assista abaixo: 

 

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