O bilionário Elon Musk se pronunciou na manhã desta terça-feira (21) sobre o gesto nazista que fez ao final de seu discurso durante a cerimônia de posse do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, realizada na segunda (20).
Musk, que fará parte do governo Trump como Secretário de Eficiência Governamental, fez a saudação que era utilizada por Adolf Hitler e seus apoiadores na Alemanha nazista por mais de uma vez. De forma agressiva, estendeu o braço direito com a palma da mão virada para baixo.
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Não é de hoje que Elon Musk flerta com o nazismo. Além de interagir e "curtir" postagens de tom nazista nas redes sociais, o bilionário vem se empenhando para interferir nas eleições da Alemanha e eleger Alice Weidel, candidata do AfD, partido associado ao neonazismo, ao cargo de chanceler federal nas eleições que serão realizadas em fevereiro. O empresário chegou a dizer que "somente o AfD pode salvar a Alemanha".
O gesto de Musk na cerimônia de posse de Trump repercutiu no mundo inteiro e inúmeros especialistas afirmam que tratou-se, sim, de uma saudação nazista. Diante das reações, o bilionário foi à sua rede social X para reagir ao rótulo de maneira irônica.
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“Francamente, eles precisam melhorar os truques sujos. O ataque de ‘todo mundo é Hitler’ está tão batido”, escreveu o magnata de extrema direita.
Confira:
Instituto Brasil-Israel reage
Em publicação nas redes sociais, o Instituto Brasil-Israel, que representa o judaísmo no Brasil, manifestou "preocupação" com o gesto nazista feito por Elon Musk e Steve Bannon.
"Quando falava no comício de celebração de Donald Trump, Elon Musk pareceu concluir o discurso com uma 'saudação romana', gesto comumente associado à Alemanha nazista, onde vinha acompanhado da expressão 'Heil Hitler'. O gesto é usado pela extrema-direita em todo o mundo, particularmente na Itália. Além de Musk, quem repetiu a saudação em discurso hoje foi o ideólogo de extrema-direita Steve Bannon", diz o Instituto Brasil-Israel no início do texto.
Na sequência, a entidade relembra que, apesar de Musk se declarar um apoiador dos judeus e do governo de Benjamin Netanyahu em Israel, o bilionário vem atuando para fortalecer a extrema direita alemã. Recentemente, ele participou de uma live com Alice Weidel, candidata do AfD, partido associado ao neonazismo na Alemanha, ao cargo de chanceler federal nas eleições que serão realizadas em fevereiro. O empresário chegou a dizer que "somente o AfD pode salvar a Alemanha".
"Na comunidade judaica norte-americana, muitos expressaram preocupação com a proximidade entre Trump e Musk. Ainda que Musk se coloque como apoiador do premiê israelense, Benjamin Netanyahu, é um equívoco acreditar que essa proximidade o isentaria de possuir ideias antissemitas", prossegue o Instituto Brasil-Israel.
"O bilionário, inclusive, tem endossado partidos neonazistas, como o AfD, da Alemanha, e já teceu críticas à ADL, Liga Antidifamação, além de reproduzir falas antissemitas, com ataques ao magnata judeu George Soros por suas 'tentativas de destruir a civilização ocidental'", finaliza.
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