O presidente afastado da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, foi preso na manhã desta quarta-feira (15), no horário local, após uma operação policial que durou seis horas. Ele é acusado de insurreição e abuso de poder por decretar lei marcial em dezembro do ano passado, numa tentativa fracassada de autogolpe que buscava dissolver o Parlamento e concentrar poderes.
A prisão aconteceu na residência oficial de Yoon, onde ele estava cercado por uma equipe de seguranças e milhares de apoiadores de extrema direita; Apesar da resistência inicial, as autoridades conseguiram cumprir o mandado judicial com a cooperação parcial da guarda presidencial.
A ordem de prisão foi expedida após Yoon, o "Sergio Moro coreano", se recusar a comparecer a interrogatórios relacionados às acusações. No processo, ele é investigado por insurreição, crime que pode resultar em prisão perpétua ou até pena de morte na Coreia do Sul, embora o país não execute ninguém desde 1997.
Yoon foi levado ao Centro de Detenção de Seul, onde está em uma cela especial e deve passar por um interrogatório de 48 horas. Segundo a imprensa local, um questionário de mais de 200 páginas foi preparado.
Apesar de estar afastado de suas funções, Yoon tecnicamente ainda é presidente até que o Tribunal Constitucional finalize a análise de seu impeachment. Enquanto isso, a Coreia do Sul segue governada por um presidente interino.