GUERRA RÚSSIA-UCRÂNIA

Falha catastrófica: arma estratégica do arsenal russo fracassa em testes

Descrita como “a base das forças nucleares terrestres da Rússia”, arma não obteve sucesso pela quarta vez

Míssil.Créditos: George Chernilevsky via Wikicommons
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Imagens de satélite capturadas na Rússia mostram uma falha catastrófica no lançamento do "Sarmat II", um míssil balístico intercontinental, na última sexta-feira (21).

O míssil, projetado para atingir alvos em regiões distantes, como a América do Norte ou a Europa, gerou uma cratera de 60 metros no local do lançamento — o Cosmódromo de Plesetsk, no norte da Rússia.

Uma arma estratégica na modernização do nuclear arsenal russo, o míssil já levanta desconfiança por parte dos EUA, que não é arrefecida pelos posicionamentos de Putin: o presidente afirma continuamente ter o arsenal nuclear mais avançado do mundo nas mãos. 

Mas o exemplo do Sarmat, que tem 35 metros de comprimento, um alcance de 18.000 km e um peso de lançamento de mais de 208 toneladas, não tem vingado — esse é o quarto teste falho do míssil, que começou a ser desenvolvido em 2018 para substituir um modelo soviético antigo. 

Ele foi descrito pelo então ministro da defesa em 2023, Sergei Shoigu, como “a base das forças nucleares terrestres da Rússia”

A Rússia tem 5.580 ogivas nucleares registradas, de acordo com a Federação dos Cientistas dos EUA, e controla o antigo arsenal da União Soviética. Somado aos EUA, detém cerca de 90% do arsenal nuclear do mundo

Os testes com a tecnologia de mísseis são estratégicos no conflito com a Ucrânia — e para a manutenção da Rússia como superpotência militar na geopolítica mundial —, que é quase um campo de treinamento militar no quintal russo.

Os mísseis supersônicos do país (que voam a mais de 6 mil km/h e atingem alvos a até dois mil quilômetros de distância) foram testados pela primeira vez durante a invasão à Ucrânia — foi a primeira utilização dessa tecnologia registrada em uma guerra.