Imagens de satélite capturadas na Rússia mostram uma falha catastrófica no lançamento do "Sarmat II", um míssil balístico intercontinental, na última sexta-feira (21).
O míssil, projetado para atingir alvos em regiões distantes, como a América do Norte ou a Europa, gerou uma cratera de 60 metros no local do lançamento — o Cosmódromo de Plesetsk, no norte da Rússia.
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Uma arma estratégica na modernização do nuclear arsenal russo, o míssil já levanta desconfiança por parte dos EUA, que não é arrefecida pelos posicionamentos de Putin: o presidente afirma continuamente ter o arsenal nuclear mais avançado do mundo nas mãos.
Mas o exemplo do Sarmat, que tem 35 metros de comprimento, um alcance de 18.000 km e um peso de lançamento de mais de 208 toneladas, não tem vingado — esse é o quarto teste falho do míssil, que começou a ser desenvolvido em 2018 para substituir um modelo soviético antigo.
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Ele foi descrito pelo então ministro da defesa em 2023, Sergei Shoigu, como “a base das forças nucleares terrestres da Rússia”.
A Rússia tem 5.580 ogivas nucleares registradas, de acordo com a Federação dos Cientistas dos EUA, e controla o antigo arsenal da União Soviética. Somado aos EUA, detém cerca de 90% do arsenal nuclear do mundo.
Os testes com a tecnologia de mísseis são estratégicos no conflito com a Ucrânia — e para a manutenção da Rússia como superpotência militar na geopolítica mundial —, que é quase um campo de treinamento militar no quintal russo.
Os mísseis supersônicos do país (que voam a mais de 6 mil km/h e atingem alvos a até dois mil quilômetros de distância) foram testados pela primeira vez durante a invasão à Ucrânia — foi a primeira utilização dessa tecnologia registrada em uma guerra.