Além do Brasil, catástrofes climáticas se multiplicam em outros países. Há apenas alguns dias atrás, tufões, inundações e incêndios florestais causaram estragos em diversos continentes. Portugal, em particular, teve paisagens transformadas pelas chamas, com um número recorde de incêndios e vítimas fatais.
Um brasileiro de 28 anos morreu carbonizado na última segunda-feira (16), vítima do incêndio florestal. Ele vivia e trabalhava para uma empresa de exploração florestal no distrito de Aveiro, uma das regiões mais afetadas pelas chamas, que já devastaram mais de 10 mil hectares.
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De acordo com as autoridades locais, o corpo do brasileiro foi encontrado em Albergaria-a-Velha. Ele teria entrado na floresta na tentativa de recuperar equipamentos de sua empresa quando foi surpreendido pelo avanço do fogo.
O brasileiro foi identificado como Carlos Eduardo Neves e saiu para trabalhar naquela segunda-feira, em Albergaria-a-Velha, na região de Aveiro. Em entrevista ao Fantástico, Anny Justino, irmã de Carlos Eduardo, disse que o avião não podia decolar por causa da fumaça intensa e do fogo. Ela viajou da Suíça até Portugal por causa dos incêndios.
"Deixaram essa pessoa ir de encontro à morte, ao perigo. Não o protegeram. Deram a chave da caminhonete e o deixaram ir”, afirmou. A morte de Carlos Eduardo levanta suspeitas sobre as condições de trabalho e a pressão exercida pelos patrões. Os responsáveis da empresa negam essa versão.
Quem era Carlos Eduardo
Natural de Recife, Carlos chegou a Portugal há cinco anos e, desde então, experimentou diversas profissões antes de se dedicar à exploração florestal. Nas redes sociais, ele revelava um lado alegre e divertido, compartilhando vídeos de dança e piadas. Um desses vídeos, exibido no Fantástico, mostrava o jovem comparando as diferenças entre o português falado nos dois países, contrastando com a tragédia que marcou seu fim.
Sua história, inclusive, ganhou destaque em um programa de TV local, onde falou sobre seus planos para o futuro. Em nota oficial, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil manifestou seu pesar pela morte de Carlos Eduardo e das demais vítimas dos incêndios em Portugal.